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CRISE NA SAÚDE

Médicos restringem atendimentos eletivos no Hospital Universitário de Canoas a partir desta quarta

Sindicato Médico do RS alerta para ausência de diretor técnico, atrasos salariais e carência de equipamentos essenciais ao atendimento

Crédito: Leonardo Pereira / Hospital Universitário
Crédito: Leonardo Pereira / Hospital Universitário

Os médicos que atuam no HU (Hospital Universitário) de Canoas iniciaram uma restrição aos atendimentos eletivos, ou seja, não urgentes. A medida foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária do Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), em razão da deterioração das condições de trabalho e da instabilidade financeira enfrentada pela unidade.

Entre os fatores que motivaram a decisão estão a dificuldade de formação de escalas, o ambiente de trabalho inadequado, a ausência de direção técnica e o acúmulo de atrasos salariais.

De acordo com o Simers, a escassez de profissionais tem levado médicos a permanecerem além de seus turnos, chegando a 36 horas seguidas de plantão por falta de substituição.

O hospital enfrenta ainda problemas estruturais. Relatos apontam falhas ou indisponibilidade de equipamentos fundamentais, como o cardiotocógrafo, utilizado para monitoramento fetal; manta térmica, importante para estabilização térmica de recém-nascidos; fibrobroncoscópio, usado em exames das vias respiratórias; aparelho de ressonância magnética e até a serra de gesso, essencial para atendimentos ortopédicos.

Problemas com os salários

Além da precariedade nos insumos e na estrutura física, o Simers aponta atrasos nos pagamentos de honorários e rescisões desde janeiro. Também há a denúncia formal da ausência de um diretor técnico, condição exigida legalmente para o funcionamento da unidade hospitalar.

Mesmo com a restrição, os serviços de urgência e emergência seguem ativos. Os médicos decidiram protestar utilizando fitas pretas e adesivos nos jalecos como forma de alertar para a gravidade da situação.

A entidade afirma que a restrição dos atendimentos é resultado direto da falta de condições mínimas de trabalho e que o movimento continuará até que todos os profissionais recebam os valores devidos e haja melhorias estruturais. De acordo com o sindicato, mesmo antes da mobilização, os atendimentos já vinham sendo limitados pela falta de equipamentos e de pessoal.

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