A pele é a principal barreira do corpo contra o ambiente externo e sofre diretamente os impactos da exposição solar. Embora o sol seja essencial para a produção de vitamina D, o excesso de radiação UV (ultravioleta) pode causar queimaduras, envelhecimento precoce e até câncer de pele.
Para reduzir os riscos, medidas de fotoproteção ajudam a evitar os efeitos nocivos da exposição prolongada.
Os riscos da radiação UV para a pele
A radiação UV se divide em três subtipos: UV-A, UV-B e UV-C. Conforme especialistas, a exposição excessiva pode gerar danos agudos (de curto prazo), como queimaduras, bolhas e aumento da temperatura da pele, ou crônicos (de longo prazo), como envelhecimento precoce e câncer de pele.
O câncer de pele é o mais comum no Brasil, representando 30% dos casos de câncer. Entre os tipos, destacam-se:
- Não-melanoma: mais frequente, tem baixa mortalidade, mas pode causar deformações estéticas.
- Melanoma: mais raro, mas com maior risco de mortalidade, representando 3% das neoplasias malignas de pele.
Fotoproteção e cuidados essenciais
A proteção contra os efeitos nocivos da radiação UV pode ocorrer por meio de diferentes métodos:
- Filtro solar: deve ser aplicado 15 minutos antes da exposição ao sol, com reaplicação a cada duas a três horas em caso de contato com água. O FPS mínimo recomendado é 30.
- Roupas e acessórios: uso de chapéus, óculos escuros e roupas de proteção reduz a incidência direta da radiação.
- Horários recomendados: evitar a exposição ao sol entre 10h e 15h, período de maior intensidade da radiação UV.
Índice de radiação e proteção adequada
A exposição ao sol pode variar conforme a intensidade da radiação UV. Os níveis de risco são classificados em:
- Alto (6 a 11+): exige proteção intensa, incluindo roupas, óculos escuros e filtro solar.
- Moderado (3 a 5): recomenda-se o uso de camiseta, filtro solar e chapéu.
- Baixo (1 a 2): proteção básica, como buscar sombra e aplicar protetor solar nas áreas expostas.
Na atual onda de calor, o Rio Grande do Sul tem experimentado os mais elavados níveis de radiação UV. Portanto, é imprescindível se proteger antes de ir ao sol.
Classificação dos protetores solares
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigiância Sanitária), os protetores solares são classificados por níveis de proteção:
- Baixa proteção: FPS entre 6 e 14,9.
- Média proteção: FPS entre 15 e 29,9.
- Alta proteção: FPS entre 30 e 50.
- Muito alta proteção: FPS acima de 50.
A SDB (Sociedade Brasileira de Dermatologia) recomenda a fotoproteção diária, principalmente no rosto, braços e colo. Adotar esses cuidados reduz os danos causados pelo sol e ajuda a preservar a saúde da pele ao longo da vida.