O DMAE (Departamento Municipal de Águas e Esgotos) afirmou que a ocorrência de chuva preta não deve alterar a potabilidade da água em Porto Alegre. O fenômeno é resultado da interação da fumaça das queimadas no centro da América do Sul com a atmosfera.
Desde quarta-feira, as autoridades têm aconselhado cuidado com a chuva preta, pois ela pode contaminar o solo, a vegetação e os recursos hídricos. O contato com o fenômeno – principalmente o ato de tomar água da chuva – não deve ocorrer, pois há risco de contaminação do corpo humano pelas toxinas presentes.
Mas, conforme o Departamento, o líquido que chega às torneiras da Capital gaúcha passa por diversas etapas de tratamento e controle. E possui qualidade para ser ingerido, conforme determina a Portaria nº 888/2021, do Ministério da Saúde, fiscalizada pela Vigilância Sanitária
Dentre essas ações estão cerca de “2,4 mil análises diárias em 350 pontos da rede”. Esses testes servem para identificar alterações nos parâmetros do que está sendo levado a tratamento.
Essas análises acontecem tanto no manancial, quanto nas ETAs (Estações de Tratamento de Água). O processo se repete a cada duas horas, com o objetivo de orientar a operação das seis estações em funcionamento na cidade. Em caso de alterações na qualidade, mais processos acabam implementados para tratar a água e mantê-la potável.
O DMAE aponta que, quando chega aos reservatórios, a água tratada sofre outro processo de avaliação e tem parâmetros básicos e complexos avaliados. O processo se repete na distribuição, com coletas feitas nos hidrômetros dos usuários, diariamente.