Bom, já contamos como foi Lisboa, Amsterdam e Paris (clique aqui se você não leu).Agora vamos contar um pouco como foi em Londres. Só para lembrar que Londres era um dos nossos grandes sonhos, a expectativa era alta. De Paris para capital Inglesa fomos de trem. Mas antes de embarcar no trem a gente teve de passar pela entrevista inglesa, foi um momento de explicar e responder sobre a viagem para poder ganhar o carimbo e conhecer a tão sonhada Londres. Na hora da entrevista, a primeira coisa que “o senhor da imigração” pediu foi pra gente tirar as toucas, mas deu tudo certo! Veja os nossos depoimentos sobre Londres, onde ficamos mais tempo.
Depoimento de Vitor Pereira:
Desde pequeno eu sonhava com Londres, seus ônibus vermelhos de dois andares e suas cabines telefônicas. Sempre tinha em mente: “vou crescer e vou viajar para Londres”. E esse tão sonhado dia chegou. E foi do jeito que eu sempre imaginei (com uma grande companhia e trem atravessando o Canal da Mancha).
Mas confesso que senti um friozinho na barriga quando no setor de imigração tivemos de tirar as toucas e vieram as perguntas em inglês. O negócio é mostrar tranquilidade e mostrar tudo o que eles pedem (levar junto as passagens de volta e o endereço da hospedagem é o segredo).
A viagem de trem é bom demais, dá um certo charme na viagem. Quando chegamos na estação em Londres parecia tudo um filme, eu lembrava que tinha visto várias vezes a estação nos filmes (como As férias de Mr Bean).
Na capital inglesa ficamos em um hotel ao lado de uma mesquita. Aliás, dá para ver em Londres que tem certos “bairros de imigrantes”, a gente ficou nos dos muçulmanos. Pelo local, eu e a Rô caminhamos bastante, mas eu evitei de entrar com ela em algumas confeitarias porque dava pra ver que só entrava homens no local. No “bairro japonês” também deu para notar que a identidade do povo é forte.
O que foi engraçado foi andar de ônibus de dois andares, era o nosso sonho. Eu e a Rô nos divertimos um monte porque tem emoção, o trânsito deles é bem agitado (e os motoristas do ônibus andam rápidos mesmo).
Em Londres a gente não viu soldados nas ruas como em Paris, mas dava para ver que tinha gente “disfarçada” nas ruas. E como em Paris a gente sempre cuidava para não ficar onde tinha grupo grande de pessoas e ficava atento com as vans. Londres cuida o assunto sobre terrorismo em silêncio, diferente Paris que eles fazem questão de mostrar com os barulhos de sirenes.
Caminhar por Londres foi sensacional, vale muito comprar o bilhete único que dá direito de andar de trem, metrô e ônibus. Gostei de conhecer o Museu Britânico, os estádios de futebol, mas tenho uma reclamação: eles cobram muito caro para entrar em suas igrejas. Em relação a cultura, Londres tem de aprender com Lisboa.
Uma coisa que eu e a Rô fizemos, além de tomar bastante café, foi comer hambúrguer. Bah! Em Londres é que tem o melhor hambúrguer, achamos perto do Museu Britânico (queria eu estar comendo um agora). Sério o gosto é sensacional e era barato. Achei bacana os mercados deles também, a gente mesmo era “o caixa”. Depois que eu e Rô descobrimos a comida boa do mercado, virou a nossa janta.
Londres é muito frio, mas eu aproveitei bastante, realizei o meu sonho de conhecer a casa da rainha. Aliás, o Palácio de Buckingham é bonito demais, tem bastante movimento em seu entorno. Em Londres, a gente vê bastante coisas sobre as outras cidades… e foi na capital inglesa que fiquei com vontade de conhecer Liverpool.
O curioso que eu a Rô comentamos que a gente não se sentiu como se estivesse longe de casa, parecia que a gente era de Londres mesmo (apesar de ter um sistema completamente diferente do nosso). Essa viagem me enriqueceu culturalmente (é sensacional se deparar com prédios e objetos do período medieval e ver um mundo moderno ao mesmo tempo), aprendi a ver o mundo com outros olhos, não imaginava que na Europa é tão grande a diferença para o Brasil.
Depoimento de Rô Klafke:
E finalmente chegamos ao destino mais esperado da nossa Eurotrip: LONDRES!
Mas antes de chegar tinha que ter uma emoçãozinha (rsrs). Começou já na saída de Paris, na estação de trem. A gente se atrapalhou e perdeu o trem, não bastando, o “tiozinho” da imigração tirou uma com a cara e nós também entramos no vagão errado do trem (mas tudo isso a gente conta melhor em outro momento, rsrs). Mas apesar de tudo isso, chegamos! \o/
No primeiro dia chegamos, nos acomodamos e logo saímos pela cidade. Nosso hotel ficava perto da Tower Bridge, e como anoitece cedo (antes das 16h) pegamos ela a noite e iluminada. Ou seja, uma bela recepção. Ao lado a London Tower, por onde caminhamos, atravessamos a ponte e nos ambientamos com os arredores.
Nos dias seguintes, a gente não se preocupava muito com horário, descansava bem, tomava um café reforçado e depois saía para “bater perna”. Estava muito frio (lá era seco, frio e com muito vento), e apesar de não ser inverno ainda, estávamos sempre de touca e, às vezes, até o capuz do casaco por cima. Como sempre a gente caminhou muito, e a cidade é incrível, pegamos até um dia lindo de sol, raridade por lá nessa época.
Mas a ficha demorou a cair de que a gente estava lá na cidade onde eu sonhava há uns quase 20 anos em poder conhecer e, na real, nem sei se caiu. Eu tinha muita expectativa (20 anos, né! rsrs), e acho que pesquisei tanto sobre a cidade esse tempo todo, que quando chegamos lá, me senti como parte de lá, como se eu já conhecesse. Até comentei com o Vítor em um dia que fomos visitar o estádio do Chelsea, que eu me sentia “em casa” por lá.
A gente viu de tudo em Londres: esporte, arte, comida, história! Falando em história, a gente se dedicou a conhecer o Museu Britânico que, com certeza, nos encantou. E eu como “Potterhead” não poderia deixar de ir na famosa Plataforma 9 ¾, que fica na Estação King’s Cross, e tirar a clássica foto no carrinho de malas. Porém, a minha decepção foi o Big Ben em reforma! Poxa, mais de 150 ano quase sem parar e tinha que ser agora? (risos). Mas ok, a gente curtiu os arredores da mesma forma.
A cidade é incrível, tudo é exatamente como eu imaginava. Mas uma coisa você precisa saber sobre Londres: eles cobram pra entrar até nas igrejas. Ok, eu sei que “quem converte não se diverte”, mas por exemplo, para entrar na Abadia de Westminster (onde a princesa casou) a gente pagaria para os dois em torno de 180 reais, e isso dava duas das nossas refeições juntas em média, então, preferimos ver de fora mesmo (rsrs). Por outro lado, os museus, ao menos os principais, tem entrada franca, e você absorve muito mais cultura. Claro, vai da preferência de cada um, essa foi a nossa.
De Londres ficou, como todos os outros lugares, a vontade de voltar! De ver o Big Ben em plena forma e também de ter coragem para me arriscar em uma volta no London Eye. E o mais importante de tudo, que eu realizei um sonho de quase criança de conhecer essa cidade que continuará sendo o lugar no mundo que eu mais quis estar, e finalmente estive!