Blog Sem Roteiro

Curitiba, uma cidade que merece uma atenção especial

Locomotiva no Museu Ferroviário Foto: Sem Roteiro
Locomotiva no Museu Ferroviário Foto: Sem Roteiro

Viajar de Porto Alegre de ônibus até Curitiba foi bastante divertido. A gente pegou o ônibus das 23h que sai da rodoviária, no dia chovia forte e Porto Alegre estava 90% no escuro (nem na rodoviária tinha luz). A viagem durou 12 horas, mas a paisagem que a gente viu pela janela do ônibus valeu muito apena. E Curitiba é uma cidade que merece atenção, uma capital cheia de lugares turísticos. Veja os depoimentos.

Depoimento de Vitor Pereira:

Foi a minha segunda vez para Curitiba. Mas dessa vez foi bem diferente, eu e a Rô exploramos bastante a cidade, mais uma vez a gente caminhou bastante (às vezes fico até com pena da Rô pelo tanto que a gente caminha :P). Bom, só na chegada já deu para ver que ia ser demais em Curitiba. Na rodoviária, a gente achou um pastel sensacional. Ele era médio, mas era grande (imagina o grande então) e com a massa caseira. Me encantei pelo pastel, muito bom e barato.

A gente alugou um apartamento para ficar na cidade, o lugar é sensacional (pensa em um lugar limpo e cheiroso). O que chamou foi atenção foi o preço, barato e dava para quatro pessoas (mas foi só a gente mesmo). No primeiro dia a gente saiu sem rumo, com o pensamento de ir no Centro Histórico, mas fomos parar no Museu Oscar Niemeyer.

Eu como sou louco por comida, gosto de provar a culinária local, a primeira coisa que chamou a minha atenção foi um casa “estilo antiga” com um cartaz: “café colonial 19,90”. Nossa achei muito barato, em Gramado tu não acha isso! O lugar fica bem na frente o museu (Sim a gente foi no museu e o café foi só no outro dia, valeu muito apena ir).

Do museu a gente foi caminhando até o Centro Histórico de Curitiba. Pelo caminho, nós paramos em vários pontos para tirar fotos, caminhar pela cidade é bem tranquilo (observei que tem bastante câmeras de segurança). Na primeira vez que eu foi só conheci onde fica o estádio do Coritiba, não tinha caminhado muito pelo Centro Histórico. Bah, quando a gente começou a andar mais e se aproximar do lugar… eu me encantei! Lembrei bastante de Lisboa pelos prédios e igrejas antigas, sem dizer das ruas largas e tranquilas.

Para andar e aproveitar bem os pontos turísticos o bom é pegar o ônibus linha turismo. Em Curitiba, os lugares para visitar não ficam próximos e ônibus de turismo facilita bastante, além de deixar o passeio mais barato. Outro lugar que eu gostei muito foi do Bosque do Alemão, tem uma trilha tri pelo mato (eu gosto de lugares assim e faço a Rô caminhar junto…hahaha) e você vai acompanhando a história de João e Maria. Ah e no final tem um uma parede de um “prédio antigo” com um bosque muito bonito.

Eu como gosto bastante de caminhar, achei Curitiba um cidade especial pra isso. Aliás, não é só no Bosque do Alemão que tem pequenas trilhas pelo mato, nos outros pontos turísticos também têm. Não é só isso, dá pra ver que Curitiba se preocupa bastante com os turistas, sem dizer que a cidade é bastante barata para fazer as refeições.

Quero voltar para Curitiba ainda, como eu disse os lugares ficam distantes e faltou a região italiana e viagem de trem. Para conhecer bem a cidade e seus pontos turísticos tem que ser com bastante calma, sem nada de correria.

Depoimento de Rô Klafke:

Nossa trip para Curitiba foi de ônibus, pois mesmo sendo mais rápido ir de avião, o Vitor é um apreciador de viajar na estrada, ver as paisagens. Ele queria me mostrar como era bonito o caminho, principalmente a serra no Paraná. E Realmente é lindo, mas dá um medinho também, porque tem muitaaaaa curva! Mas com certeza vale a pena!

Mas então, depois de quase 13h de viagem, pois tivemos um probleminha no ônibus (em outro momento a gente conta melhor), finalmente chegamos na Rodoviária de Curitiba. E como ainda não estava no horário do check-in no apartamento que havíamos locado, aproveitamos para almoçar lá mesmo, na rodoviária. Lá é tudo bem organizado e a gente comeu um pastel bem generoso feito de massa caseira. Imaginem a felicidade do Vitor (quem conhece sabe do amor pelos pasteis, rsrs).

Dali pegamos um Uber e seguimos para o apartamento, ele fica entre o Jardim Botânico e o Paiol, o bairro ao lado era “meio tenso”, digamos assim, mas nada que atrapalhou a gente. Em compensação o apartamento era muito legal, super novinho e bem decorado. Nos surpreendemos positivamente com o lugar nesse sentido. Tomamos um banho e partimos para conhecer a cidade.

Nossa primeira parada foi no Museu Oscar Niemeyer, a gente passeou um pouco por ali. É um lugar muito bom pois além de apreciar as obras que tem por ali no “pátio”, dá pra sentar pra descansar, conversar com os amigos. Quando estivemos lá tinha até um pessoal em uma roda de violão. É um lugar bem agradável e nas redondezas têm muitas coisas pra visitar.

Depois dali fomos passear pelo centro histórico, e pelo caminho a gente viu alguns espaços, praças bem legais e bem cuidados. Vimos que por um dos caminhos que poderíamos ir tinha o museu do Holocausto, mas infelizmente não deu pra visitar pois havia acabado de fechar (isso nem estava no nosso roteiro, só pra não fugir do nosso lema, rsrs). Passamos por uma parte do centro histórico onde tinham muitos bares, nos lembrou bastante a Cidade Baixa de Porto Alegre.

Quando chegamos mesmo ao centro, foi bem legal. Tem igrejas centenárias, prédios históricos (entre eles até um palácio) e vários barzinhos. Descemos um pouco até a Praça Tiradentes, já era mais a tardinha e a luz ficou linda nas fotos, e eu como sempre achei um poste com luz pra tirar uma foto (vocês vão perceber que eu adoro isso, rsrs).

Após passear pela praça nos achegamos em um dos barzinhos que tinha até música ao vivo (tocou Armandinho, nos sentimos em casa) e comemos um hambúrguer artesanal delicioso e baratíssimo (no geral é bem barato comer em Curitiba). Eu pedi uma cerveja e o Vitor um refrigerante, lógico que o garçom achou que fosse o contrário, foi engraçado (risos).

No outro dia resolvemos pegar o ônibus turismo, que vale a pena para conhecer a cidade, já que os pontos turísticos são bem longes. Conhecemos o Paiol, que foi o nosso ponto de partida do ônibus e descemos no Bosque Alemão. Lá tem uma trilha que conta a história de João e Maria, tem até a casa da bruxa. Dali fomos pegamos novamente o ônibus para a Opera de Arame, passeamos por lá (tem um Bistrô bem legal junto a estrutura), achei lindo o lugar.

A próxima parada foi o Parque Tanguá, fomos a pé, tem que subir uma lomba mas é bem “de boa”. O parque é lindo e lá eu perdi um pouquinho do medo de altura, vi que consegui ficar em cima da estrutura que tem o chão de “arame” sem ter muito medo. Descemos no deck (lá é uma pedreira desativada, assim como a Ópera de Arame também) almoçamos um lanche e seguimos o passeio.

Depois partimos para o Parque Tingui, o pessoal de lá usa o parque pra praticar exercícios. Nesse parque a gente encontrou o Memorial Ucraniano, onde tem uma igreja no mesmo estilo, é bem lindo lá! Saindo dali a gente pegou o ônibus de novo e foi pro centro histórico, passeamos pela parte que ainda não tinha dado tempo de conhecer, por ali caminhamos, fizemos umas compras no mercado e conhecemos a Rua das Flores, lá tem um bondinho e também a rua é toda ornada com árvores, luzes e é claro, flores! Depois disso foi casa (já disse que temos esse costume, de chamar de casa onde quer que vamos, rsrs)!

Na segunda-feira, só choveu, mas a gente já tinha um plano B. Tínhamos visto, no primeiro dia, um café colonial perto do Museu Oscar Niemeyer, também muito barato, e então fomos provar já que a chuva não dava muita trégua. Porém quando chegamos lá estava fechado ainda, então ficamos “fazendo hora” no Museu, quando deu uma tréguinha, aproveitamos para conhecer o Bosque do Papa que fica atrás do complexo. Quando voltamos não demorou muito e já pudemos ir para o café, foi delicioso! Dali pra casa!

Na terça, e último dia a gente foi conhecer o famoso Jardim Botânico (já perceberam que a gente faz isso, assim também foi com a Torre em Paris, rsrs). Lá é bem legal, confesso só que achei que a estrutura fosse maior, mas é igualmente lindo. Ao redor, dentro do parque tem lugares pra caminhar, descansar, o complexo é bem legal! A última parada foi o Museu Ferroviário, que fica no Shopping da Estação. Lá tem uma locomotiva antiga, mas não deu pra ver por dentro pois estava sendo usada de camarim, por causa do carnaval infantil que estava acontecendo no local! O lugar preserva várias coisas da época, até o horário dos últimos trens que estiveram lá! Vale conferir!

E então, chegou a hora de partir. Mas ainda ficou muita coisa pra trás pra conhecer nessa cidade. Tem o bairro italiano que dizem que a gastronomia é divina, tem o passeio de trem que parte de Curitiba e vai até Morretes, que está em várias listas dos 10 passeios de trem mais incríveis do mundo! Se vamos voltar? Certo que sim!