Bom, já contamos como foi em Lisboa (clique aqui). Agora vamos continuar contando como foi a viagem dos sonhos. Ao chegarmos em Amsterdã deu aquele friozinho na barriga (a língua era outra, já começa por aí). No aeroporto veio o primeiro medinho: como sair do aeroporto e ir até o nosso hotel? Nessa hora o nosso grande amigo foi o Google.
Ele nos mostrou o caminho certinho que a gente tinha de fazer (qual trem tinha de pegar e onde descer). O problema foi na hora de comprar as passagens de trem, o sistema deles é bem diferente do nosso. Mas não se assustamos! Depois de uma ajudinha (o pessoal é bastante prestativo)… foi só seguir o senhor Google (só não esquece de conferir se está indo para o lado certo). E o que temos para dizer de Amsterdã? Pois é, também nos encantou. Veja os nossos depoimentos.
Depoimento de Vitor Pereira:
Lembro-me que a primeira coisa que eu notei foi a diferença do clima de Amsterdã para Lisboa. A capital holandesa no outono é bastante fria e com chuviscos (mas não molhavam tanto nem era necessário usar guarda-chuva). Ao chegarmos na estação do nosso endereço, encontramos uma coisa bem familiar: café. Nossa! Que café bom, além de esquentar tinha um gosto bem diferente. O leite era forte, o primeiro gole me fez lembar quando tomava leite de vaca mesmo (não esses de caixinhas que temos aqui, que vem de tudo, só não vem leite). Até falei para Rô: “Bah, parece que nós estamos em uma cidade do interior, mas moderna”. A partir daí me senti em casa.
Andando pela cidade eu fiquei surpreso com a quantidade bicicletas que tem nas ruas. Aliás, o pedestre tem de ficar bem atento no sistema de trânsito deles (tem que cuidar o trânsito na ciclovia, os bondes elétricos e os carros). Gostei que é tudo bem organizado, tem sinalização para todos tipos de transporte. Falando nisso… foi em Amsterdã que vi pela primeira vez um carro elétrico “abastecendo”. Aqui no Brasil a gente não está acostumado com essas coisas, daí admito que fiquei parado observando o carro na tomada.
Outra coisa que ficamos surpresos foi com a quantidade de becos que tem em Amsterdã, principalmente no centro. A gente caminhou bastante pelos becos e para não se perder marcava um ponto de referência (e cada beco tinha uma confeitaria que chamava atenção). As pessoas me perguntam sobre as mulheres nas vitrines… Sim é verdade! Tem o museu do sexo também. Mas achei engraçado as mulheres na vitrine. Dei bastante risada com a Rô ao ver umas cenas “bizarras”. Na rua onde fica as mulheres nas vitrines dá para dizer que é o ponto mais agitado e louco de Amsterdã (vi até um caminhãozinho de sorvete de maconha).
Mas a cidade não é isso, não. Lembra que eu falei que Amsterdã parece uma cidade do interior, mas moderna? Pois então… foi nisso que ela me chamou bastante minha atenção! Gostei de caminhar pela cidade. Bah, eu e a Rô caminhamos bastante mesmo, não pegamos nenhum transporte para andar por lá. A única coisa que a gente fazia era parar em um Starbucks (não é propaganda, mas em Amsterdam ficam os melhores) para descansar. Durante as caminhadas, eu observei uma arquitetura diferente dos prédios, alguns bastante tortos (mas estilosos). Os canais são demais também, eles enfeitam a cidade. Gostei da culinária, principalmente das pizzas. Assim como em Lisboa, Amsterdam não é uma cidade cara para fazer uma refeição. Fiquei com vontade de voltar!
Depoimento de Rô Klafke:
Nosso translado de Lisboa pra Amsterdã foi de avião (o único, o restante fizemos de trem), chegando no aeroporto a primeira diferença já foi o frio, que não era tanto em Portugal. Mas e daí?! Eu amo frio e a gente estava na Europa né?
A única coisa que deu uma complicadinha foi na hora de comprar os bilhetes do metrô. Queríamos comprar com dinheiro, mas no fim das contas acabei usando o cartão de crédito mesmo, mas não podemos esquecer da ajudinha de uma holandesa super disposta a colaborar, vendo a gente totalmente atrapalhados em meio a malas e rodando aquelas máquinas de auto atendimento (risos). Nesse momento a gente já viu que o inglês deles parecia tão travado quanto o nosso, na verdade parecia uma mistura de inglês com alemão (me corrijam se estiver errada). Mas deu pra gente se comunicar bem.
Agora sobre a cidade, a gente caminhou e muito (qual a novidade, né? rs). Já quando a gente planejava a viagem percebemos que a maioria das coisas que queríamos visitar eram próximas. Amsterdã parece se “formar” ao redor da estação Centraal, que ficava exatamente ao lado do hotel que havíamos reservado. Ali tem um enorme estacionamento de bicicletas, que tem vários andares, ficamos impressionados. E tem muitos canais, pra “se achar” no mapa a gente contava quantos canais tinha que passar até chegar onde queríamos, era divertido.
Ah, tem isso. É muita bicicleta, e na região central ao menos, elas parecem ter preferência sobre os carros, achei isso meio louco, mas legal também. Só tem que cuidar muito, você pode não ser atropelado por um carro, mas tem muitas chances de ser por uma bicicleta se não cuidar por onde anda.
Mas me encantei mesmo foi com a arquitetura da cidade, aquelas casinhas, algumas até assustadoramente tortas, dão um charme pra cidade. E falando em charme, aquela chuva (que não molha) deu toda uma atmosfera à nossa passagem por lá. E a gente se deu conta de que não precisava de guarda-chuva quando viu que ninguém usava. O mais engraçado foi que, um ou dois casais que vimos usando na rua, percebemos eram brasileiros quando nos aproximamos.
O que ficou de Amsterdã? A lição de que, nem sempre, quem está na chuva é pra se molhar (ok, piada fraca, mas riam pra não perder a amizade, rs). Agora falando sério, a vontade de voltar ficou em poder aproveitar para andar de bicicleta pelos parques (não deu tempo) e conhecer a cidade na primavera, com seus campos de tulipas.