VALE DO TAQUARI

Visitas a propriedades próximas ao foco da Doença de Newcastle devem ir até o final de semana

Seapi pede que todas as suspeitas da doença sejam notificadas imediatamente à Secretaria.

Secretaria está visitando granjas da região - Foto: Julia Chagas/Seapi
Secretaria está visitando granjas da região - Foto: Julia Chagas/Seapi

A Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) continua as atividades de vigilância ativa e contenção de foco na região de Anta Gorda, no Vale do Taquari. Lá houve confirmação de um caso de doença de Newcastle em um aviário comercial.

Até terça-feira (23), o Serviço Veterinário Oficial do estado vistoriou 520 propriedades de 858 que ficam no raio de dez quilômetros a partir do foco. Entre os locais estão granjas comerciais e criações de subsistência.

Assim, as barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos, dentro do raio de três quilômetros (área perifocal), e dois locais, no raio de dez quilômetros (área de vigilância). Além disso, até o momento, houve abordagem em 475 veículos alvo na área perifocal e 219 na área de vigilância.

O diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes, diz que a visita a todas as propriedades deverá ocorrer até o final da semana, assim como a segunda vigilância na área perifocal. “Estamos discutindo as reduções paulatinas das barreiras, baseado no movimento e avaliação de risco”, explica.

Dessa forma, até o momento não houve novas suspeitas de focos da doença. As três investigações que resultaram em coletas e análise laboratorial das amostras tiveram resultados negativos.

A Seapi encaminhou uma coleta de amostras de suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP).  A coleta ocorreu no município de Progresso.

Doença de Newcastle

A doença de Newcastle é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial. Além de aves, ela pode atingir répteis, mamíferos, e até mesmo seres humanos.

Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Por fim, a Seapi pede que todas as suspeitas da doença sejam notificadas imediatamente à Secretaria. Os sintomas incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves. Os canais para contato são a Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, o sistema e-Sisbravet ou o WhatsApp (51) 98445-2033.