SAÚDE PÚBLICA

Cachoeira do Sul confirma segunda morte por dengue em 2025

Paciente de 87 anos é a segunda idosa a morrer por dengue neste ano no município

Verão é a época do ano mais propícia para a circulação do Aedes aegypti. Foto: Arquivo Palácio Piratini
Verão é a época do ano mais propícia para a circulação do Aedes aegypti. Foto: Arquivo Palácio Piratini

O Secretaria Municipal da Saúde de Cachoeira do Sul confirmou, nesta terça-feira (6), mais um óbito por dengue na cidade em 2025. Este é o segundo do ano, no período entre 20 e 26 de abril. Trata-se novamente de pessoa idosa, uma paciente de 87 anos, portadora de comorbidades e moradora do Bairro Soares, que se encontrava internada HCB (Hospital de Caridade e Beneficência).

O primeiro óbito do ano foi de uma mulher de 83 anos, moradora do Bairro Santa Helena, ocorrido na segunda quinzena de março. Levantamento da Secretaria Estadual da Saúde informava 321 casos confirmados de dengue no município até a manhã desta terça-feira, com mais 1.031 casos sob investigação.

Já nesta segunda-feira (5), uma reunião técnica avaliou o cenário epidemiológico local para a evolução da dengue. Em seguida, a Secretaria Municipal da Saúde emitiu um alerta geral à população cachoeirense com foco nos cuidados prioritários ao público idoso. Este vem sofrendo as formas mais graves de dengue e concentrando a maioria das oito mortes pela doença em 2025 no Rio Grande do Sul.

Até o momento, no contexto estadual, são dois óbitos de pacientes entre 70 e 79 anos e outros três na faixa a partir dos 80 anos, incluídos aqui ambos os casos de Cachoeira do Sul.

A avaliação da Diretoria das Vigilâncias em Saúde aponta que as pessoas a partir dos 60 anos estão mais suscetíveis às doenças infecciosas. Além disso, as autoridades de saúde têm verificado a mudança no perfil atual da dengue.

No ano passado o único óbito no município foi de uma adolescente, 13 anos e portadora de comorbidades, ocorrido na primeira semana de maio de 2024.

“Os idosos desenvolvem casos mais graves da doença, desidratam mais rápido e nem sempre apresentam os sintomas clássicos da infecção”, avalia a Diretora das Vigilâncias em Saúde, enfermeira Andréa Santos, alertando familiares e cuidadores para que sejam adotados cuidados ainda mais criteriosos com pacientes nesta fase da vida.