VALE DO PARANHANA

Igrejinha: polícia investiga causa da morte de gêmeas

Meninas de 6 anos morreram com oito dias de diferença. Mãe foi presa temporariamente. Laudos do IGP vão determinar causas das mortes.

Médicos que atenderam as gêmeas que morreram na semana passada em Igrejinha, no Vale do Paranhana, disseram em depoimento que a suspeita é de que tenha havido intoxicação por medicamento ou veneno. As meninas de 6 anos morreram uma no dia 7 e a outra no dia 15 de outubro.

Na noite de terça-feira (15), a Justiça decretou a prisão temporária da mãe das gêmeas, de 42 anos. A prisão tem validade de 30 dias. Contudo, pode ter prorrogação por igual período, caso haja necessidade.

O magistrado também determinou que o Hospital Bom Pastor, onde a detida esteve internada na ala psiquiátrica, forneça à autoridade policial todos os documentos médicos relativos à investigada.

Em depoimento, o pai das gêmeas, que não é tratado como suspeito, disse que nenhuma das crianças tinha problemas de saúde anteriores. Ele também explicou que, após a primeira morte, a menina que viria a falecer no dia 15 passaria por uma consulta médica para ver se haveria problema similar ao da irmã.

Mortes sob investigação

As duas meninas passaram mal em casa, onde moravam com os pais. O primeiro óbito ocorreu no dia 7. A menina teve uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser levada pelo pai ao Hospital. Ontem o fato que se repetiu com a irmã, que dessa vez foi socorrida pelos bombeiros.

Algumas informações ainda estão em apuração. A Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos periciais, ainda que tenha uma linha de investigação.

Em nota, o Comudica (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha) disse que não recebeu denúncias ou relatos de maus tratos envolvendo as gêmeas que faleceram (Confira abaixo).

Leia a nota completa do COMUDICA

“O COMUDICA, formado por representantes da sociedade civil e do Executivo, atua constantemente e de forma ativa na defesa dos interesses das crianças e adolescentes e no cumprimento da lei.

Informamos que não recebemos denúncias ou relatos de maus tratos envolvendo as gêmeas que faleceram, tampouco recebemos informações de falta de atuação do conselho tutelar ou da rede em acompanhamento deste caso em especifico, que pudesse gerar a abertura de sindicância ou PAD por parte do COMUDICA.

Tomamos conhecimento da situação pela imprensa e vamos averiguar se houve, por parte do conselho tutelar, a violação do dever legal de proteger as infantes, nos termos da lei, pois não toleramos qualquer violação de direitos.

Nos solidarizamos com a comunidade enlutada pelo falecimento precoce das crianças.

Confiamos nos trabalhos da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, que estão atuando nas investigações pertinentes, e estamos sempre atuando junto com a comunidade para que a lei seja cumprida.

COMUDICA

15 de outubro de 2024″