REGIÃO SUL

Operação combate "Golpe dos Nudes" aplicado de dentro de presídio

O grupo atuava em Pelotas, no Sul do Estado, de dentro do Presídio Regional do município

Grupo aplicou cerca de 700 extorsões contra mais de 500 vítimas no Brasil, Alemanha, Portugal e Jamaica - Foto: Polícia Civil/Divulgação
Grupo aplicou cerca de 700 extorsões contra mais de 500 vítimas no Brasil, Alemanha, Portugal e Jamaica - Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (6), a uma operação contra uma organização criminosa especializada no “Golpe dos Nudes”. O grupo atuava em Pelotas, no Sul do Estado, de dentro do Presídio Regional do município.

Ao todo, a polícia prendeu 85 pessoas. Destas, 57 já estavam no sistema prisional, 24 tiveram prisão decretada em Pelotas e 4 prisões ocorreram fora de Pelotas. Estas cidades são, desta forma, Jaguarão, Arroio Grande, São Lourenço e Rio Grande

A investigação apurou que, em um período inferior a 40 dias, os investigados praticaram, aproximadamente, 700 extorsões contra mais de 500 vítimas no Brasil, Alemanha, Portugal e Jamaica. Os golpes somaram o valor de R$701.363,00 aos suspeitos, entre contas nacionais e internacionais.

Além disso, a polícia descobriu um mercado interno de venda e aluguel de aparelhos telefônicos por parte do grupo. O comércio dos aparelhos acontecia no interior de uma casa prisional. O grupo vendia cada aparelho por R$ 15 mil, e o carregador e o fone de ouvido por R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente.

Durante as investigações, assim, os policiais constataram que 20% das vendas tinham como destino contas da organização criminosa. Os presos que participavam de cada extorsão dividiam o restante do lucro.

A operação

Operação A Firma se deu por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Pelotas. Assim, a ofensiva combate os crimes de extorsão e organização criminosa na cidade da Região Sul.

A Polícia Civil cumpriu, por fim, mais de 160 medidas cautelares. Destas sendo 47 mandados de busca e apreensão. Também foram bloqueadas todas as contas bancárias dos investigados e imóveis dos mais de 100 investigados.