OPERAÇÃO POLICIAL

Polícias desarticulam quadrilha que aplicava golpes milionários no RS

Criminosos se passavam por policiais e parentes para extorquir vítimas; prejuízo ultrapassa R$ 2 milhões.

Foto: Polícia Civil - Divulgação
Foto: Polícia Civil - Divulgação

Rio Grande do Sul - As Polícias Civis do RS e do Matogrosso deflagraram em conjunto, na manhã desta quinta-feira (13), a Operação Phantom. O objetivo é desarticular uma organização criminosa especializada em extorsões.

Os agentes cumpriram 13 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Bento Gonçalves (RS), Caxias do Sul (RS), Guaporé (RS) e Itajaí (SC). Até o momento, 12 pessoas foram presas.

Entenda o crime

Os criminosos se passavam por policiais e parentes de supostas vítimas para extorquir empresários. Nesse tipo de infração criminal, os criminosos normalmente utilizam um perfil falso e bastante engenharia social.

Os cibercriminosos convenciam usuários descuidados a encaminhar conteúdos sigilosos, contaminar seus computadores com malware ou abrir links para sites maléficos. Isso através das redes sociais, com a fotografia de uma jovem bonita e atraente, convidando a vítima inicialmente para serem amigos.

Em seguida, começam a trocar vídeos e fotos íntimas por aplicativos de mensagens. A partir daí, outro malfeitor entra em cena, fazendo-se passar por um policial civil ou pelo suposto pai, padrasto ou outro parente da jovem, alegando que ela é menor de idade e que a vítima estaria praticando pedofilia por intermédio da internet.

No caso que desencadeou a operação, um empresário de Cuiabá foi coagido a transferir mais de R$ 2 milhões aos criminosos, sob a ameaça de ter seu nome envolvido em investigações falsas ou de ter supostas imagens íntimas suas divulgadas. Diante das provas reunidas ao longo da apuração, a Justiça determinou, além das prisões, o sequestro de bens móveis e imóveis, bem como o bloqueio de contas bancárias dos investigados.

Ligação com o tráfico

Como destaca o Delegado Titular da DRCID (Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações) do Rio Grande do Sul, João Vitor Herédia, os indivíduos presos, além dos golpes e extorsões, eram vinculados ao tráfico de drogas na serra gaúcha.

A Polícia Civil reforça a orientação para que vítimas de extorsão ou fraudes em geral procurem imediatamente as autoridades e denunciem, garantindo que os criminosos sejam identificados e responsabilizados.

Investigações

A operação ainda contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), do efetivo da 6ª e da 8ª Região Policial, todas pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, bem como da Divisão de Investigação Criminal de Itajaí, da Polícia Civil de Santa Catarina, além da Polícia Penal gaúcha.

As investigações foram iniciadas ainda em 2021, época dos fatos, e conduzidas pelo Delegado Adjunto da DRCI/PCMT, Gustavo Godoy Alevado. Após identificação dos suspeitos em solo gaúcho, foi solicitado apoio operacional à DRCID/PCRS, através do Delegado João Vitor Herédia, que foi responsável pela coordenação operacional da ação.