Por intermédio da ONG Parceiros Voluntários, que fomenta e acredita que somente através da união dos diferentes setores da sociedade poderemos superar os desafios do cenário atual, o banco BTG Pactual, ao lado de voluntários anônimos, doou 260 cestas básicas à ONG Se Liga, que atende a região da Restinga, na Zona Sul de Porto Alegre. A entrega aconteceu na terça-feira (14) e cobriu três unidades de acolhimento do bairro.
Segundo Juliana Bueno, fundadora e presidente da instituição, o projeto nasceu em 2013, em Porto Alegre, dentro de um contexto da criação de um grupo diverso que decidiu unir força em prol da promoção e defesa dos direitos humanos e sociais. “A proposta inaugural era, através da cultura, promover o debate sobre os direitos humanos e sociais. Fomentar uma reflexão e construção de um senso crítico. Proporcionar o acesso ao conhecimento de direitos da população em situação de vulnerabilidade e grupos minorizados. Hoje, alguns anos depois, temos certeza que avançamos muito no atendimento a este público”, conta.
Para a iniciativa ao lado da Parceiros Voluntários que foi realizada nesta terça-feira, as ações foram feitas em três regiões de invasão na Restinga: Esperança e Paz, Castelo e Salso. “São locais dentro do território que não contam com estruturas. Normalmente, as ações realizadas na região não chegam a eles por causa deste contexto limitado. O olhar sensível da Parceiros Voluntários promoveu essa união para que pudéssemos chegar à estas famílias”, analisa. Juliana continua:
“As famílias são escolhidas a partir da constatação de que estão em real estado de vulnerabilidade social. Essas famílias, além de tudo, foram expostas a enchentes e algumas perderam tudo. Elas são constantemente expostas a violências. A iniciativa é um meio de alguma forma amenizarmos o sofrimento dessas famílias, não só do Covid-19, mas também das intempéries que surgem.”
Segundo José Alfredo Nahas, superintendente da Parceiros Voluntários, o empreendedor precisa transitar sobre as áreas não assistidas do terceiro setor e compreender seu papel neste processo. “Temos uma desigualdade muito grande no contexto em que estamos inseridos e apenas a compreensão disso poderá nos fazer avançar quanto sociedade. É preciso despertar em cada uma das pessoas o senso de Responsabilidade Social Individual, congregar o maior número de empresas e instituições no engajamento desta ideia e, assim, o movimento possa mobilizar toda a sociedade”, analisa.