A prefeitura de Porto Alegre anunciou nesta quinta-feira (21), a captação de R$ 2,5 milhões em recursos a fundo perdido para o desenvolvimento de um plano de drenagem na Bacia do Arroio Passo das Pedras. O anúncio ocorreu durante a COP29 (Conferência Mundial do Clima), no Azerbaijão.
Conforme a prefeitura de Porto Alegre, a cooperação técnica com o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) visa implementar medidas para minimizar os impactos de enchentes e melhorar a segurança dos cerca de 200 mil habitantes da região.
Os recursos serão para contratar uma empresa especializada. Ela terá nove meses para elaborar estudos e propor soluções para a drenagem das sub-bacias que abrangem os arroios Passo das Pedras e Passo da Mangueira. A área inclui 11 bairros da zona norte, como Sarandi, Vila Ipiranga, Passo das Pedras e Jardim Sabará, afetados por alagamentos frequentes.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, destacou a relevância da iniciativa. “Esses recursos são essenciais para enfrentarmos os efeitos das mudanças climáticas e melhorarmos a infraestrutura urbana, garantindo a segurança da população”, aponta.
Plano de drenagem
O projeto prevê um diagnóstico completo da bacia hidrográfica. A analise deve identificar locais críticos de alagamento, áreas de preservação, impactos ambientais e a relação do sistema de drenagem com coleta de esgoto e resíduos sólidos.
Entre as medidas propostas estão:
- Aumento da capacidade de escoamento;
- Construção de reservatórios de amortecimento;
- Soluções baseadas na natureza;
- Sistemas de alerta e prevenção.
As ações precisam considerar cenários climáticos com tempo de retorno de 25 anos, incluindo custos de implementação e viabilidade técnica. O plano também definirá a sequência de obras na zona norte, recomendações para controle de resíduos sólidos e medidas para a preservação ambiental e melhoria da qualidade da água.
Segundo Rovana Reale Bortolini, diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade, o plano poderá servir como modelo para outras áreas da cidade. “Essa iniciativa reforça a capacidade do município de enfrentar eventos climáticos extremos, além de gerar conhecimento que pode ser replicado em outras regiões”, afirma.