MORADIA PROVISÓRIA

Porto Alegre e Canoas terão Centros de Acolhimento para atingidos pelas enchentes

Unidades habitacionais serão utilizadas de forma provisória até que moradores atingidos pelas enchentes tenham um lugar digno para ficar

Primeira casa modular foi erguida durante treinamento realizado pela Agência das Nações Unidades para Refugiados - Foto: Joel Vargas/Ascom GVG
Primeira casa modular foi erguida durante treinamento realizado pela Agência das Nações Unidades para Refugiados - Foto: Joel Vargas/Ascom GVG

O governo do Estado formalizou, nesta quinta-feira (6), a instalação de cinco CHAs (Centros Humanitários de Acolhimento) em Porto Alegre e em Canoas. A finalidade dos espaços será receber de forma provisória pessoas que perderam suas casas nas enchentes e que estão atualmente em abrigos provisórios.

Segundo o executivo, os espaços contarão com ambientes multiuso; espaços para crianças e para animais de estimação; refeitório; cozinha; lavanderia; fraldário/lactário; depósitos; área de triagem; área para assistência médica e social; banheiros masculinos, femininos e neutros; áreas para convivência e, em especial, para as famílias monoparentais chefiadas por mulheres.

Em Porto Alegre, o Centro Humanístico Vida, na Zona Norte, receberá o primeiro CHA. Ainda há previsão de instalação de estruturas no estacionamento do Porto Seco (Zona Norte), e no Centro de Eventos Ervino Besson, no bairro Vila Nova (Zona Sul). Ao todo, as unidades terão capacidade para acolher até duas mil pessoas, das quais cerca de 800 no Centro Vida e cerca de 500 nos demais locais. 

Já em Canoas, um terreno localizado na avenida Guilherme Schell, próximo à Refap (Refinaria Alberto Pasqualini) receberá as unidades habitacionais. Serão 208 estruturas doadas para o Rio Grande do Sul. Dessas, 108 já chegaram ao Estado.

Além disso, o município da Região Metropolitana receberá, ainda, um CHA no COM (Centro Olímpico Municipal). A montagem ocorrerá com as mesmas estruturas modulares dos centros de Porto Alegre. Dessa forma, nos dois locais, haverá acolhimento de cerca de 1.700 moradores.

Por fim, a formalização do projeto ocorreu ontem (6) através do vice-governador e coordenador do gabinete de crise, Gabriel Souza, e pelos prefeitos Sebastião Melo e Jairo Jorge, nos endereços dos respectivos municípios que receberão as primeiras unidades.

Financiamento e gestão

Os cinco espaços poderão abrigar até 3,7 mil pessoas. O Sistema Fecomércio/Sesc/Senac irá financiar o custeio das estruturas e da gestão, a qual será de responsabilidade da OIM (Agência da Organização das Nações Unidas para Migração).

A Fecomércio está em processo de finalização da contratação da empresa que ficará responsável pelas construções. A previsão é que após a conclusão do processo, as fornecedoras concluam a instalação das estruturas em cerca de 20 dias.