A Polícia Civil indiciou, nesta quarta-feira (12), 9 pessoas físicas e 4 jurídicas no caso da morte de animais expostos para venda em lojas de Porto Alegre. Ao todo, os três inquéritos apuravam responsabilidades nos óbitos de mais de 170 animais em petshops da Capital durante as enchentes que atingiram a cidade.
Os estabelecimentos são a Loja Bicharada na Av. Júlio de Castilhos, bairro Centro Histórico; e lojas da rede Cobasi, na Av. Brasil, bairro São Geraldo, e no Praia de Belas Shopping. (Detalhes abaixo). Os delitos presentes nos inquéritos constam no artigo 32 da Lei dos Crimes Ambientais.
Medidas da investigação por loja
- Loja do Centro de Porto Alegre: duas pessoas físicas indiciadas, mais o CNPJ da empresa;
- Loja do Praia de Belas Shopping: indiciamento de dois gerentes locais, de uma gerente regional e da responsável técnica; além dos CNPJ da filial e da matriz;
- Loja do bairro São Geraldo (mesma rede da loja do Shopping): indiciamento de três gerentes locais, o CNPJ da loja, além de pessoas físicas e jurídicas que também foram indiciadas no inquérito da loja do shopping (a gerente regional, a responsável técnica e a filial da matriz).
Investigação
A investigação afirma que os responsáveis pela administração das lojas poderiam socorrer os animais antes da elevação da água. Isso porque a situação de calamidade estava amplamente divulgada. No caso da loja do Praia de Belas, há indício de que pessoas levaram computadores para o segundo do piso do estabelecimento, o que denotaria ciência da situação.
Já na Avenida Brasil, parte dos animais foram salvos por voluntários. No local, se depararam com funcionários da Cobasi. Na loja havia quase 350 animais, mas não foi possível salvar a todos.
A Polícia Civil fez anúncio através do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Já os três inquéritos, que ficaram a cargo da Dema (Delegacia de Polícia de Proteção e Defesa do Meio Ambiente e dos Animais) que concluiu dizendo que mesmo após o avanço das águas, era possível realizar mais salvamentos.