Mais de 1.500 agricultores e agricultoras familiares realizaram, nesta quarta-feira (15), uma série de caminhadas por pontos centrais de Porto Alegre. A mobilização pede melhores condições para o setor e reparações a famílias atingidas pelas enchentes de maio de 2024.
Organizado pelo MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), FETRAF-RS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do RS) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), o ato começou ainda nas primeiras horas da manhã. O grupo se reuniu no Largo Zumbi dos Palmares e seguiu em direção ao prédio da Receita Federal, na avenida Loureiro da Silva. No local, funciona a sede estadual do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) no RS.
Os manifestantes aguardaram uma reunião com representantes do MDA. Na pauta, o anúncio de medidas concretas de apoio à agricultura familiar e à população afetada pelas enchentes. No períododa tarde, o grupo deve ir até o Palácio Piratini, sede do governo do Estado, na Praça da Matriz. A expectativa é de audiência com representantes do Executivo estadual.
Durante os trajetos, houve bloqueios parciais em vias da região central, com escolta da Brigada Militar e agentes da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação). A orientação é para que motoristas evitem circular pela área ao longo do dia.
Quais são as demandas?
Entre as principais pautas estão a ampliação de políticas públicas de crédito, subsídio para recuperação da produção e infraestrutura rural, reassentamento de famílias desabrigadas, acesso à moradia digna e garantia de alimentos saudáveis a preços acessíveis.
Conforme os organizadores, a mobilização marca um ano da tragédia climática que afetou milhares de famílias e destaca que menos de 7% das moradias prometidas para o Estado foram entregues. Os movimentos também cobram participação efetiva dos atingidos na formulação das políticas públicas de reconstrução.