A água fornecida em Porto Alegre está recebendo doses maiores de dióxido de cloro durante o tratamento, informou o DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgotos). A medida está em uso devido às condições típicas do verão. Mudanças no Guaíba favorecem a presença de matéria orgânica, que pode causar alterações de gosto e odor.
Conforme Joici Becker, diretora de Tratamento e Meio Ambiente do DMAE, o reforço não compromete a potabilidade. “A cada duas horas testamos a água nas estações de tratamento e garantimos que ela é própria para consumo”, afirmou.
O órgão realiza, em média, 2,4 mil análises diárias para monitorar os pontos de captação, tratamento e distribuição da água na cidade.
O que muda no Guaíba no verão?
Nos meses mais quentes, o Guaíba sofre com a redução do nível devido à diminuição das chuvas. A menor turbulência no manancial torna a água mais límpida, o que aumenta a penetração de luz solar e favorece a floração de algas. Esses microrganismos, comuns nesta época, podem causar alterações na água captada para o abastecimento.
Para minimizar os efeitos, o DMAE ajusta o processo de tratamento, elevando a dosagem de produtos como o dióxido de cloro. O químico é usado para reduzir o impacto das mudanças sazonais na água.
Controle de qualidade da água
Apesar das alterações no tratamento, o DMAE afirma que a água fornecida segue os padrões estabelecidos pela Portaria nº 888/2021 do Ministério da Saúde, fiscalizada pela Vigilância Ambiental da SMS (Secretaria Municipal da Saúde).
Os relatórios de qualidade da água são disponibilizados mensalmente no site oficial do DMAE e no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), do Ministério da Saúde.