ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Dmae ajusta tratamento da água para corrigir gosto e odor em Porto Alegre

Sistema São João e Moinhos de Vento passam por ajuste para minimizar alterações na água.

Antes, os sistemas São João e Moinhos de Vento recebiam 0,7ppm de dióxido de cloro, dose elevada para 1ppm. Nas demais estações de tratamento permanece o índice de 0,7ppm - Foto: Luciano Lanes/ PMPA
Antes, os sistemas São João e Moinhos de Vento recebiam 0,7ppm de dióxido de cloro, dose elevada para 1ppm. Nas demais estações de tratamento permanece o índice de 0,7ppm - Foto: Luciano Lanes/ PMPA

Porto Alegre - O Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre) aumentou, nesta quarta-feira (5), a dose de dióxido de cloro usada no tratamento da água distribuída pelos sistemas São João e Moinhos de Vento. Juntos, eles abastecem 56 bairros e localidades de Porto Alegre. O objetivo é minimizar as alterações de gosto e odor relatadas pelos consumidores nas últimas semanas.

O Dmae recebeu, na semana entre os dias 29 de janeiro e 5 de fevereiro, 42 reclamações referentes a alterações de gosto e odor da água. A abertura dos protocolos ocorreu via Sistema 156. Na semana anterior, foram 64 chamados. Mas o Dmae salienta que as mudanças no aspecto da água não apresentam riscos.

“Os pontos de captação de água bruta dos sistemas São João e Moinhos de Vento são próximos, ambos localizados no entorno da rua Voluntários da Pátria. Estas alterações, percebidas por parte da população, não representam qualquer risco à saúde. Trata-se de um fenômeno natural do Guaíba no verão”, explica a diretora de Tratamento e Meio Ambiente do Dmae, Joice Becker.

Manancial

Neste verão, o Dmae não identificou a floração de algas nos pontos de captação de água bruta do Guaíba. Dessa forma, o Departamento atribui as alterações de gosto e odor à redução natural do nível do lago durante a estação menos chuvosa do ano.

Além disso, a água apresenta menos turbulência, permitindo a entrada de mais luz, o que também contribui para a mudança das características do manancial.

Qualidade

A rotina de captação, tratamento e distribuição da água segue os padrões da Portaria nº 888/2021, do Ministério da Saúde, fiscalizada pela Vigilância Ambiental da SMS (Secretaria Municipal da Saúde). Assim, as análises ocorrem no manancial, nas estações de tratamento e em pontos estratégicos da distribuição.

Por fim, os relatórios de qualidade da água, gerados mensalmente pelo Dmae, podem ser conferidos no site. Outras análises estão disponíveis no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde.