Porto Alegre e Rio Grande do Sul - A Justiça condenou a 8 anos de prisão em regime semiaberto o homem acusado de matar a tiros o estudante colombiano Eduardo Andrés de La Hoz León, no bairro Floresta, em Porto Alegre. O crime ocorreu em 16 de fevereiro de 2017, na Avenida Cristóvão Colombo.
O júri ocorreu ontem (7), encerrando à noite. Além da pena, a Juíza Eveline Radaelli Buffon, do 1º Juizado da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, decretada a perda do cargo público ocupado pelo réu como bombeiro militar.
O réu, que não tinha antecedentes, poderá recorrer da decisão em liberdade. O MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) já se manifestou dizendo que vai recorrer para aumentar e pena.
“O MP-RS entende que a pena está abaixo do merecido pelo réu”, afirmou o promotor de Justiça Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo, que atuou no Tribunal do Júri.
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O MP-RS fez um aditamento à denúncia para homicídio consumado em consequência dos dois tiros que a vítima levou.
O caso
Segundo o Ministério Público, o acusado efetuou dois disparos contra o estudante colombiano Eduardo de La Hoz, então com 29 anos. O fato ocorreu após uma discussão sobre o desaparecimento de uma bicicleta na garagem do prédio onde ambos residiam.
De acordo com a acusação, a vítima buscava informações sobre o paradeiro da bicicleta quando o réu o abordou. O delito ocorreu porque o colombiano, ao não encontrar sua bicicleta no condomínio, reclamou ao subsíndico sobre o furto. O réu estava armado e ordenou que Eduardo se deitasse no chão.
Mesmo após afirmar que estava desarmado e pedir calma, o estudante teria sido alvejado. Conforme a denúncia, ele foi socorrido e permaneceu internado por cerca de sete meses, mas faleceu em 25 de setembro de 2017, em decorrência dos ferimentos.
