MORADIA

Concluído cadastro de moradores das Ilhas atingidos pela enchente de 2024

Parte das famílias já assinou contrato para aquisição de nova moradia por meio do programa federal Compra Assistida.

Foto: Victor de Freitas/Agora RS
Foto: Victor de Freitas/Agora RS

A Prefeitura de Porto Alegre concluiu o cadastramento de 2.540 famílias do bairro Arquipélago atingidas pela enchente de maio de 2024. As famílias são moradoras das Ilhas da Pintada, das Flores, dos Marinheiros, do Pavão, Mauá e da Casa da Pólvora. Todas estão inscritas no programa federal Compra Assistida, voltado à aquisição de nova moradia com recursos de até R$ 200 mil por família.

Do total de famílias cadastradas, 1.801 já tiveram a inscrição aprovada. Dessas, 820 foram convocadas para apresentação de documentação e 455 assinaram contrato com a Caixa Econômica Federal. Até o momento, 526 famílias já acessaram uma nova residência.

O diretor do DEMHAB (Departamento Municipal de Habitação), André Machado, destacou a urgência da situação nas ilhas diante da continuidade das chuvas. “Estamos pedindo uma atenção especial às análises dos moradores do bairro para que o processo seja concluído o mais rapidamente possível”, afirmou.

Processo envolve laudo técnico e força-tarefa

A atuação da prefeitura consiste em cadastrar as famílias no sistema federal, reunir a documentação exigida e elaborar os laudos estruturais dos imóveis atingidos. Para isso, foi montada uma força-tarefa entre o Departamento de Habitação e o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática.

No total, foram realizados 6.316 cadastros de famílias em toda a cidade. Desses, 3.928 já foram aprovados, gerando a liberação de R$ 785,6 milhões em recursos públicos. Até agora, foram formalizados 1.920 contratos de compra e venda, sendo que 975 deles já foram registrados em cartório, permitindo a mudança das famílias.

Estudo internacional planeja o futuro das Ilhas

Paralelamente ao atendimento emergencial, a prefeitura trabalha com um plano urbanístico de longo prazo para o bairro Arquipélago. O estudo está sendo conduzido pela Universidade de Tecnologia de Delft, da Holanda, e abrange identificação de áreas de risco, zoneamento, diretrizes de reassentamento e ocupação, além de estratégias de adaptação climática.

O plano inclui ainda diagnóstico socioambiental, análise de ameaças e vulnerabilidades, propostas de mitigação e recuperação, além de um sistema de monitoramento contínuo. Os primeiros resultados estão previstos para agosto.