PROTEÇÃO DA ZONA NORTE

Começa obra que pretende elevar cota do dique do Sarandi

A estrutura do dique do Sarandi teve extravazamentos devido à elevação do rio Gravataí, represado pela cheia do Guaíba.

Obra de elevação da cota do dique do Sarandi. Crédito: Luciano Lanes / PMPA
Obra de elevação da cota do dique do Sarandi. Crédito: Luciano Lanes / PMPA

Seis meses e meio depois da grande enchente de 2024, começou uma obra essencial para proteger parte de Porto Alegre. Trata-se da elevação do dique do bairro Sarandi, na zona norte da Capital gaúcha. A estrutura teve extravazamentos devido à elevação do rio Gravataí, represado pela cheia do Guaíba.

Atualmente, o dique do Sarandi tem “cota irregular”, conforme a prefeitura. Ela varia de 4 m (metros) a 4,5 m. Ao fim da fase emergencial das obras, a estrutura passará à cota de 5,5 m, um pouco acima da cheia registrada em maio deste ano, que atingiu 5,37 m no Centro Histórico.

A intervenção faz parte de um pacote de obras emergenciais anunciadas em agosto, tendo como objetivo o reforço imediato do sistema de proteção contra cheias e correção de problemas.

“Este dique apresentou três pontos de extravasamento durante a enchente. Este problema também será corrigido, por meio da impermeabilização dos pontos onde houve passagem d’água. Com isso, teremos condições de dar mais segurança às famílias que residem no bairro”, afirma o diretor-geral do Dmae, Mauricio Loss.

Obra de elevação da cota do dique do Sarandi. Crédito: Luciano Lanes / PMPA

Obra no dique da Fiergs

Outro dique que abrange a região da zona norte de Porto Alegre é o da Fiergs. As obras nessa estrutura chegaram ao terceiro mês consecutivo.

Recentemente equipes realizaram a supressão da vegetação que cresceu nas estruturas do sistema de proteção contra cheias, retardando a continuidade da elevação de cota.

Diques deveriam ter 7 metros

Conforme projeto elaborado pelo extinto DNOS (Departamento Nacional de Obras de Saneamento), nos anos 1960, os diques localizados ao Norte da Capital devem ter cota de 7 metros. Para atingir este patamar, no entanto, o Dmae teve que contratar um estudo de geotecnia, que está em andamento junto das obras emergenciais.