
A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (2), a Operação Invasor, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas. O objetivo é combater o crime de fraude, envolvendo a retirada indevida de restrição judicial sobre veículo apreendido em processo criminal.
Ao todo, os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão e efetuaram cinco prisões preventivas nos municípios de Sapiranga, Portão, Dois Irmãos e Rolante. A polícia também cumpriu ordens judiciais na Penitenciária Estadual de Canoas, onde também apreendeu aparelhos celulares.
O esquema
A polícia descreve o esquema de fraude como sofisticado. Os criminosos invadiram a conta Gov.br de uma magistrada federal para burlar o sistema judiciário e movimentar valores expressivos no mercado automotivo. O desbloqueio das restrições era realizado por acessos ilegítimos ao sistema.
“Estamos falando de uma rede fraudulenta que oferecia, muitas vezes no ambiente virtual, um serviço de retirada de restrições judiciais e multas, iludindo pessoas e alimentando um ciclo perigoso de ilícitos. A Polícia Civil está atenta e atuará com rigor para coibir essas ações, demonstrando que não há espaço para a impunidade. Este é um crime que não apenas prejudica consumidores, mas abala a confiança em instituições e nos sistemas digitais que todos utilizamos”, ratificou o delegado de Polícia Cristiano Reschke, Diretor da 2° Delegacia Regional Metropolitana.
A operação visa combater os crimes de fraude processual, estelionato, organização criminosa e invasão de dispositivo.
A fraude
A apuração identificou como verdadeiro operador da fraude um indivíduo com antecedentes em crimes cibernéticos e patrimoniais em outros estados, posteriormente preso em Santa Catarina por ordem judicial.
O beneficiário direto da fraude foi um comerciante de automóveis que havia adquirido o veículo da antiga proprietária já com a restrição judicial ativa. O homem teria pago R$ 13 mil reais a um advogado criminal para a execução da fraude. A esposa do suspeito e um vendedor de automóveis de Dois Irmãos viabilizaram a transferência, após a remoção ilegal da restrição.
O golpe até o consumidor final
Os criminosos anunciaram o veículo ao público, já sem restrições, e um comprador de boa-fé, residente em Caxias do Sul, veio a adquiri-lo, pelo valor de R$ 77.900,00, mediante entrada e financiamento.
Segundo a Delegada Luciane Bertoletti, o crime mantém constante processo de atualização. “É um exemplo claro de como a criminalidade se moderniza e tenta explorar brechas tecnológicas para obter lucro ilícito”, afirmou a Delegada.
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