POLÍCIA CIVIL

Operação combate comércio ilegal de arma de fogo e outros crimes no RS

Polícia Civil identificou um complexo esquema de venda de armamento e munições. Até o momento, 30 pessoas foram presas

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (5) a Operação Shotgun. A ofensiva ocorre por intermédio da 2ªDIN/Denarc (2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico).

A ação apura crimes de tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo, receptação qualificada e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. A autoria dos delitos é de um grupo criminoso com atuação em Porto Alegre, Região Metropolitana e outras cidades do Estado.

Aproximadamente 130 policiais civis cumpriram 38 mandados de prisão e 39 mandados de busca e apreensão. As cidades alvo foram Porto Alegre, Cachoeirinha, Canoas, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Parobé, Estância Velha, Caxias do Sul, Montenegro, Charqueadas, Três Passos e Capela de Santana.

Até o momento, a ofensiva prendeu 30 pessoas. Além disso, os policiais apreenderam duas armas de fogo, 106 munições, drogas e seis mil reais em dinheiro.

Durante o cumprimento de uma ordem judicial, um policial civil foi ferido com disparo de arma de fogo, mas foi prontamente levado ao hospital e passa bem. O autor do disparo foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio.

A investigação

As investigações revelaram uma atividade criminosa, envolvendo a circulação e comercialização de armas de fogo de diferentes calibres, munições, drogas e veículos de origem ilícita. A Polícia Civil documentou negociações de armamentos de grosso calibre, incluindo fuzis, pistolas adaptadas para disparo automático e carregadores de alta capacidade. Além disso, havia oferta de munições compatíveis com esses armamentos.

Ademais, a operação também registrou venda de entorpecentes, como maconha e comprimidos de ecstasy. Além do comércio de armas e drogas, a Polícia Civil identificou a prática de receptação qualificada e adulteração de veículos, com a utilização de placas clonadas ou falsas para viabilizar a circulação e a revenda dos automóveis.

Os investigados subtraíam caminhões e outros veículos de maior valor e os ocultavam em imóveis previamente definidos, onde permaneciam até serem repassados a receptadores. As conversas e imagens obtidas durante o trabalho investigativo demonstraram que alguns veículos roubados eram negociados ainda no mesmo dia da subtração.

Por fim, a Polícia Civil apurou a existência de um fluxo contínuo de informações entre os investigados, que compartilhavam imagens, vídeos e dados sobre alvos, possíveis compradores e estratégias para evitar a detecção policial. Assim, esse intercâmbio incluía ainda orientações sobre alterações visuais em veículos e a manipulação de placas para dificultar a identificação.