LEITE COMPEN$ADO 13

MP denuncia 15 pessoas por leite fraudado com produtos químicos no RS

Os crimes foram investigados na Operação Leite Compen$ado 13, deflagrada no último dia 11 em Taquara e outras cidades do Vale do Paranhana, além de São José do Rio Preto (SP).

Crédito: MP-RS/ Divulgação
Crédito: MP-RS/ Divulgação

O MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, denunciou 15 pessoas por associação criminosa e adulteração de leite com produtos químicos, como soda cáustica e água oxigenada.

Os crimes estão sob investigação na Operação Leite Compen$ado 13. A ação ocorreu no último dia 11 em Taquara e outras cidades do Vale do Paranhana, além de São José do Rio Preto (SP).

A denúncia, apresentada à 2ª Vara Estadual de Processos e Julgamentos dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, foi protocolada na quarta-feira (18) pelo promotor de Justiça Mauro Rockenbach. Entre janeiro de 2022 e dezembro de 2024, houve comprovação de 22 crimes ligados à adulteração de produtos lácteos.

De acordo com o MP-RS, os denunciados corrompiam e adulteravam leite destinado ao consumo humano, tornando-o nocivo à saúde. Exames laboratoriais comprovaram o uso de substâncias impróprias e a adição de ração animal na diluição de compostos e leite em pó integral.

Entre os denunciados está um químico industrial, apelidado de “alquimista” ou “mago do leite”, apontado como responsável pelas fórmulas de adulteração. Ele já tinha virado investigado na Operação Leite Compen$ado 5, em 2014, conforme o MP-RS.

Operação Leite Compen$ado 13

A ação cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. Além de prender em flagrante uma funcionária de um laticínio em Taquara. O químico elaborava fórmulas clandestinas para manipular leite vencido ou deteriorado. O produto era distribuído para todo o Brasil e para a Venezuela.

A operação contou com a parceria do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), Receita Estadual, FEPAM, MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e DECON (Delegacia do Consumidor). Na esfera cível, o promotor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, deve tomar novas providências com base nas provas obtidas.