Vinte e três pessoas foram presas até o momento (9h) em uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta quarta-feira (10). Os detidos são integrantes de uma associação criminosa destinada aos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo e comércio irregular de munições e armas.
Mais de 100 policiais do Rio Grande do Sul participam da ação, em conjunto com aproximadamente 90 policiais civis de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Foram cumpridos 31 mandados de prisão, 40 mandados de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias em 21 municípios. Foram apreendidos dinheiro em espécie, telefones celulares e porções de drogas.
As ações ocorreram nos municípios de Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Triunfo, Sapucaia do Sul e Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Já em Santa Catarina, as ordens judiciais foram cumpridas em Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Balneário Camboriú, Criciúma, Içara, Itajaí, Itapema, Joinville, Navegantes, Penha e Tubarão. No Paraná, foram cumpridas medidas cautelares em Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu. Por fim, em São Paulo, as ações se deram nos municípios de Ribeirão Preto e Itaquaquecetuba.
Além das polícias civis, a Operação Squadrone, que foi realizada através da 2° DIN/Denarc (2ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico), contou com suporte do projeto I.M.P.U.L.S.E. da DIOPI (Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Investigações
As investigações iniciaram-se há mais de quinze meses. Na ocasião, um casal foi flagrado comercializando porções de crack no Bairro Intercap, em Porto Alegre. O homem possuía antecedentes policiais no estado de Santa Catarina e a mulher, paranaense, era menor de idade.
A partir desta prisão, a investigação apurou a existência de uma associação criminosa, muito estruturada, especializada nos crimes de tráfico de drogas, posse, porte e comércio ilegal de munições e armas de fogo de uso restrito, envolvendo lideranças de dois grupos criminosos atuantes nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Um dos indivíduos, alvo da operação, era responsável pela conexão entre os grupos criminosos. Eles realizavam grandes negociações de entorpecentes, principalmente cocaína e crack.
Conforme a investigação, em um intervalo de 15 dias, os investigados movimentaram mais de R$ 5 milhões com a venda de cocaína e crack intermediada pelos grupos criminosos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O dinheiro recebido era destinado para contas de empresas de fachada para os estados do Paraná e São Paulo, além de uma casa de câmbio no estado de SC, alvo de execução de mandado de busca e apreensão nesta manhã.
Um dos principais alvos da ofensiva policial deflagrada hoje, um indivíduo português naturalizado brasileiro, seria responsável pela comercialização de drogas em um perfil nas redes sociais, e com os lucros obtidos, sustentaria uma vida de luxo.