A GM (General Motors) anunciou, na manhã desta quinta-feira (11), um investimento na casa de R$ 1,2 bilhão em sua fábrica em Gravataí, na Região Metropolitana. O destino dos recursos será a modernização do complexo e o desenvolvimento de um novo veículo, ainda não apresentado oficialmente.
De acordo com o presidente da GM na América do Sul, Santiago Chamorro, o valor faz parte de um plano de investimentos da empresa no Brasil. Ao todo, os valores chegarão a R$ 7 bilhões e entre 2024 e 2028.
O governo do Estado relata participação no processo ao “atualizar a legislação de incentivos, bem como modernizar e ajustar fluxos e processos”, disse em comunicado. “A empresa pôde ter maior previsibilidade em relação ao cumprimento de suas obrigações fiscais”, conclui.
O governador Eduardo Leite participou da cerimônia de anúncio do aporte. Leite afirmou que o trabalho que tornou possível o investimento data de antes das enchentes. “Ao colocar este valor, a GM demonstra confiar na capacidade de trabalho do Estado”, disse o governador.
Sindicato comemora
Valcir Ascari, diretor do Sinmgra (Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí), conhecido como Quebra Molas, ressaltou a importância desse investimento para os trabalhadores. “Somente este ano, estamos proporcionando um acréscimo de R$ 17 mil no rendimento de cada trabalhador, além de um aumento no benefício alimentação que se reflete diretamente na economia local. Movimentando cerca de R$ 1 milhão e meio por mês nos pequenos mercados e comércios de bairro”, pontua.
“Além disso, estimamos que o sindicato negocie aproximadamente R$ 60 milhões por ano em Programa de Participação nos Resultados (PPR) aqui na região. O Sindicato espera a possibilidade de um terceiro turno com a chegada deste novo automóvel”, afirmou.
A empresa, porém, ainda não confirma a criação de novas vagas de emprego a partir do investimento. Valcir Ascari também enalteceu a importância do diálogo da empresa com os trabalhadores.
“O Sindicato tem um papel social com os trabalhadores, que são nossa razão de estarmos aqui. Em tempos tão difíceis, precisamos saber negociar na hora certa e não ser intransigente. Saber que só existimos porque o outro existe e a sociedade tem que conversar”, acrescentou.