ENCHENTES NO RS – 1 ANO DEPOIS

Publicado edital para atualizar projeto de dique contra cheias em Eldorado do Sul

Concorrência pública contratará empresa para atualizar projeto de dique. Obras ainda não têm prazo para começar.

Quase um ano depois que Eldorado do Sul ficou quase totalmente submersa devido à cheia do Jacuí, foi publicado o edital para revisar o projeto que prevê construir um dique de proteção contra cheias no município. O assunto – discutido há décadas – não tem prazo para resolução, mesmo com as perdas causadas pela enchente de 2024.

O edital vai apenas contratar uma empresa para, com base nos dados da maior enchente já registrada, atualizar o projeto de proteção da cidade. O documento é o que vai embasar o sistema, se este um dia sair do papel.

As medidas devem prever ações corretivas e preventivas, com horizonte de curto, médio e longo prazo, para reduzir os efeitos das inundações no Delta do Jacuí. O objetivo é garantir uma proteção mais eficiente para o município, com estrutura adequada à nova realidade climática.

A concorrência eletrônica está prevista para o dia 13 de maio, a partir das 9h. O valor global previsto é de R$ 3.801.835,44, e o critério de julgamento será o de menor preço, conforme as Diretrizes Técnicas do Termo de Referência.

O prazo para execução dos serviços será de 180 dias, contados a partir da autorização de início.

Execução ainda sem prazo

Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil (arquivo)

Após a atualização do anteprojeto, o processo seguirá para a contratação dos projetos básicos e executivos de engenharia. Também há necessidade da elaboração de estudos ambientais para obtenção da licença de instalação. Somente após estas etapas é que pode ocorrer a execução das obras.

O investimento total previsto para o sistema de proteção contra cheias de Eldorado do Sul é de R$ 531 milhões. Os recursos virão por repasse do governo federal, mas a execução vai ficar a cargo do governo estadual.

O projeto de construção tramita nos gabinetes do governo do Estado desde, pelo menos, 2014. No entanto, mesmo uma década depois, as medidas ainda não saíram do papel.