ENCHENTE

Canoas reforça ordem de evacuação de áreas inundadas

Conforme a prefeitura, a chuva intensa dos últimos dias deve provocar o prolongamento da enchente.

Crédito: Bruna Ourique / Prefeitura de Canoas
Crédito: Bruna Ourique / Prefeitura de Canoas

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, reforçou o pedido de evacuação dos oito bairros atingidos pela enchente no município. Moradores dos bairros Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Cinco Colônias, Harmonia, Mathias Velho, São Luís e Niterói não devem retornar às casas alagadas.

“Por isso vamos dar um alerta de evacuação imediata. Eu peço a todos os canoenses, que voltaram a suas casas no lado oeste, que saiam imediatamente porque as águas retornarão. Se a pessoa ficar, possivelmente, ela terá que ser resgatada”, advertiu Jorge.

Conforme a prefeitura, a chuva intensa dos últimos dias deve provocar o prolongamento da enchente. As projeções são de volumes de chuva entre 85 e 173 mm (milímetros), entre o final de semana e a segunda-feira (13).

“É importante ressaltar que o repique da cheia deverá ocorrer sob cenário de alta vulnerabilidade no município. A Defesa Civil orienta que as pessoas evitem áreas alagadas e que as famílias não retornem para as suas casas nos próximos dias”, afirma o secretário-chefe do Eclima, José Fortunati.

Segundo o Eclima, a bacia do Rio do Sinos, que desemboca na região da Praia do Paquetá, seguia alta nesta manhã de domingo (11), com 5,70 metros em São Leopoldo. A cota de inundação é de 4,5 metros.

O Guaíba, que também serve de parâmetro para Canoas, estava com 4,64 metros, ante a cota de 3 metros. Já o Rio Gravataí registrava 5,74 metros — para uma marca de 4,75m para começar a deixar o leito.

Bombas flutuantes para drenar enchente

A Prefeitura tem planos para remover a água da enchente que atingiu o lado oeste da cidade há oito dias. Entre as medidas definidas está a instalação de bombas flutuantes para ajudar escoar áreas que foram comprometidas pela ruptura dos diques localizados nos bairros Rio Branco e do Mathias Velho.

“Temos como principal foco a recuperação das casas de bombas e a reconstrução dos diques. Sabemos que a água deve sair aos poucos, por gravidade, mas determinamos a vinda das bombas flutuantes para que possamos acelerar este processo”, afirma o secretário municipal de Obras, Guido Bamberg.

De acordo com o secretário, deverão mais de R$ 200 milhões em investimentos para a recuperação das casas de bombas e a reconstrução dos trechos rompidos dos diques, além de aluguel e instalação de bombas flutuantes. A expectativa é que os equipamentos sejam instalados ainda nesta semana.