APÓS EXECUÇÃO

Governo do RS afasta cinco servidores da Pecan

O comunicado do governo do RS se dá depois do assassinato do apenado Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos, conhecido como “Nego Jackson”

Foto: Karine Viana/Palácio Piratini
Foto: Karine Viana/Palácio Piratini

O governador em exercício do RS, Gabriel Souza, anunciou, na tarde desta segunda-feira (25), uma série de medidas para a área de segurança. O comunicado do governo do RS se dá depois do assassinato do apenado Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos, conhecido como “Nego Jackson”, dentro da Pecan 3 (Penitenciária Estadual de Canoas 3).

A principal delas é o afastamento de cinco servidores do presídio. São eles: Dois supervisores de turno; um Chefe de segurança do complexo; um Responsável pela segurança da galeria no momento do crime; e o diretor do complexo prisional de Canoas. Quem assume interinamente é o diretor adjunto do Desp (Departamento de Execução Penal), Cledio Muller.

Conforme Souza, o objetivo do afastamento é realizar uma apuração isenta. Inclusive, uma vez comprovada a não culpabilidade dos servidores, eles podem até mesmo retornar a suas funções.

Além disso, o governo do RS determinou a realização de três revistas todos os dias na galeria onde houve o crime. Souza lembrou, contudo, que na madrugada do dia crime, as celas passaram por revista após o avistamento de um drone nos arredores da Pecan.

Também haverá um reforço de 500 policiais militares do Batalhão de Choque e do Bope no policiamento nas ruas de Porto Alegre e da Região Metropolitana. O objetivo é impedir que a morte de Jackson tenha reflexo em conflitos entre as facções do lado de fora da penitenciária. O governo do RS Também determinou varreduras em outros presídios.

Morte dentro do presídio

Um preso foi morto a tiros por dois outros detentos, na tarde deste sábado (23), no interior da Pecan 3 (Penitenciária Estadual de Canoas). O crime ocorreu durante a triagem dos detentos.

Conforme com o CPM (Comando de Policiamento Metropolitano), a vítima trata-se de Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos, conhecido como “Nego Jackson”. Jackson era o principal líder de uma das facções que atua no tráfico de drogas em Porto Alegre.

Sua prisão ocorreu em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, em janeiro de 2017. Na ocasião, a polícia deteve “o foragido número 1 da Polícia Civil do Rio Grande do Sul”.

Conforme a Susepe (Superintendência de Serviços Penitenciários), as equipes encaminharam o detento para atendimento médico após ele sofrer pelo menos sete disparos. Mas ele não resistiu aos ferimentos.