PESQUISA CIENTÍFICA

UFRGS lidera expedição científica na Antártica e pesquisadores retornam ao Brasil

Missão percorreu mais de 29 mil km e investigou impactos das mudanças climáticas na Antártica.

Foto: UFRGS/Divulgação
Foto: UFRGS/Divulgação

O navio russo Akademik Tryoshnikov chegou ao Porto de Rio Grande na manhã desta sexta-feira (31), às 8h30 (horário de Brasília). A embarcação trouxe os pesquisadores da Expedição ICCE (Internacional de Circum-navegação Costeira Antártica), que ficaram 70 dias em missão científica. Além disso, a UFRGS coordenou a expedição sob a liderança do professor Jefferson Cardia Simões, do CPC (Centro Polar e Climático).

Cooperação internacional e protagonismo brasileiro

A missão reuniu 57 pesquisadores de sete países: Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia. O Brasil contou com 27 cientistas, vinculados ao INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera) e ao Proantar/CNPq (Programa Antártico Brasileiro).

Os pesquisadores percorreram 29.316 km da costa antártica, coletaram amostras e analisaram os impactos das mudanças climáticas. Além do avanço científico, a expedição fortaleceu a posição do Brasil nos fóruns internacionais antárticos. Dessa forma, demonstrou a importância da cooperação científica global.

Pesquisas inéditas na Antártica Oriental

O Brasil realizou pesquisas na Antártica Oriental pela primeira vez. Assim, essa conquista representa um marco para a ciência brasileira. “A missão prova que a ciência brasileira pode liderar grandes expedições e organizar suas próprias pesquisas”, afirmou Jefferson Simões.

Em seguida, os laboratórios ao redor do mundo analisarão as amostras coletadas. Esses dados permitirão compreender melhor as transformações ambientais da região e seus efeitos globais.

Apresentação dos primeiros resultados

Por fim, na segunda-feira (3), uma coletiva de imprensa apresentará os resultados preliminares das pesquisas realizadas na Antártica.