Estado oferecerá 1,5 mil vagas de estágio para jovens afetados pelas enchentes

O governo do Estado lançou, nesta quarta-feira (7), o programa Partiu Futuro Reconstrução, visando a contratação de jovens aprendizes no setor público. A iniciativa oferece 1,5 mil vagas para jovens entre 14 e 22 anos em situação de vulnerabilidade que as enchentes de maio no RS afetaram de alguma forma.

A inserção dos selecionados ocorrerá em órgãos públicos estaduais e municipais. Para participar do programa, é necessário que os jovens estejam inscritos no CadÚnico (Cadastro Único), sejam egressos ou estejam matriculados e frequentes na Rede Pública de ensino. E que, por fim, tenham sido desabrigados, desalojados ou atingidos pelas enchentes.

Assim, para uma jornada de trabalho de 20 horas semanais, os beneficiários receberão uma bolsa-auxílio de R$ 786,95 (50% do salário mínimo regional), e vale alimentação de R$ 550. Aqueles que precisarem utilizar transporte público também receberão vale-transporte.

Além disso, os aprendizes terão todos os benefícios garantidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), fardamento completo do programa, além de acompanhamento psicológico, orientação jurídica, reforço escolar, serviço de telemedicina e seguro. O contrato será de até um ano.

Ademais, haverá atividades práticas e teóricas, totalizando uma carga horária de 1.040 horas. O Estado contratou duas entidades qualificadoras. Elas serão responsáveis pela parte teórica e pelo acompanhamento dos jovens aprendizes: a Renapsi (Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração) e o CIEE (Centro de Integração Empresa Escola).

É a primeira vez que o Estado apresenta um programa de contratação de jovens aprendizes no setor público
Autor: Jürgen Mayrhofer/Secom

Por fim, conforme o governador Eduardo Leite, esta é a primeira vez desde a implementação da lei da aprendizagem, a 23 anos, que o Estado apresenta um programa de contratação de jovens aprendizes no setor público. O investimento ficará na casa dos R$ 53 milhões.

Processo seletivo

Dessa forma, a seleção dos jovens, que começa ainda em agosto, será feita por um sistema de pontuações, considerando renda per capita, grupos populacionais, cor/raça e se é participante de outros programas sociais. No mínimo, 5% das vagas serão destinadas para pessoas com deficiência.

O titular da Sedes (Secretaria de Desenvolvimento Social ), Beto Fantinel, explicou que o Estado realizou chamamento público aos municípios para aderirem ao programa. Em seguida, fará a busca ativa dos jovens aprendizes, em parceria com as prefeituras e as redes de assistência social locais.

Além disso, Fantinel enfatiza ainda que o governo irá priorizar aqueles jovens que estão em abrigos ou em centros humanitários de acolhimento. “Porque esses são os mais vulneráveis no momento. E, depois, vamos oferecer vagas a outros jovens em situação de vulnerabilidade”, explicou.