REGIÃO CENTRAL

Famílias da Aldeia Guaviraty Porã recebem assistência do governo do RS

A localidade sofreu com as fortes chuvas do mês de maio. Comunidade depende da venda artesanato; Com a enchente, não foi possível trabalhar

Ação beneficiou 40 famílias - Foto: Julia Chaves
Ação beneficiou 40 famílias - Foto: Julia Chaves

O governo do Estado, por meio da Defesa Civil, entregou na quinta-feira (16) cestas básicas para a Aldeia Guaviraty Porã. A comunidade fica no Distrito Industrial de Santa Maria e conta com cerca de 40 famílias. Elas também receberam roupas, cobertas e água. O governo estima que ação beneficiou mais de 150 pessoas.

A localidade sofreu com as fortes chuvas do mês de maio. O cacique da aldeia, Cesário Timóteo, disse que a ajuda chegou em boa hora para as famílias. “A nossa renda é resultado da venda de artesanato, mas com a chuva forte e as condições ruins das estradas, não estamos conseguindo trabalhar. As doações vão ajudar o nosso povo”, ressaltou.

A autoria da ação é da Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil de Santa Maria, sob o comando do coronel Jacob Aristeu Pinton e do tenente Ivan Flores da Rosa. O Exército Brasileiro também prestou apoio.

Aldeia Guaviraty Porã

Ademais, em 2012, a comunidade indígena recebeu o termo de posse de uma área com 77 hectares, no Distrito Industrial, zona rural do município de Santa Maria. Neste lugar os indígenas constituíram a Aldeia Guaviraty Porã.

Depois, começou a luta por garantir o direito à educação de qualidade para a comunidade. No mesmo ano, o governo do Estado instalou a Escola Estadual Indígena de Educação Básica Yvyra’ Ijá Tenondé Vera Miri. O nome é uma homenagem a um líder espiritual da comunidade.

As fortes chuvas também afetaram o trabalho escolar. A diretora da instituição, Sirlete Bitencurt, disse que houve paralisação das aulas por uma semana, mas agora a instituição retomou as atividades.

Assim, ela destacou a importância da comunidade escolar para a aldeia. “As atividades escolares vão muito além das salas de aula, a escola é um elo que eles têm fora da comunidade indígena. Aqui trabalhamos em comum acordo e prestamos assistência em outras áreas. Mesmo com a chuva forte e as aulas canceladas, o corpo docente esteve presente na aldeia para prestar ajuda à comunidade”, afirmou.

Como funciona

Atualmente, a escola atende alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Além disso, a instituição também oferece a EJA (Educação de Jovens e Adultos) para os integrantes da aldeia que não tiveram oportunidade de estudar quando crianças. A escola conta com mais de 100 alunos matriculados.

Por fim, o corpo docente é composto por 14 docentes, sendo cinco professores Guarani e dois Kaingang. Além disso, há três funcionários responsáveis pela alimentação dos alunos e limpeza da escola.