MEIO AMBIENTE

Zoológico de Sapucaia do Sul conta com nova tamanduá-bandeira como moradora

A vinda de Kiara faz parte de uma estratégia para a conservação da espécie

Kiara nasceu em São Paulo e agora vive no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul – Foto: Leandro Souza/Ascom Sema

O Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, tem agora mais uma tamanduá-bandeira. Trata-se de uma fêmea, chamada Kiara, de 12 anos. Até então, ela morava no Zoológico Municipal de Catanduva, em São Paulo. Ela fará companhia agora a Gumercindo, de 13 anos, o outro animal da espécie que já habitava o local desde 2011.

Segundo a Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS), a vinda de Kiara faz parte de uma estratégia para a conservação da espécie, conforme diretrizes do Plano de Ação Nacional para a Conservação, coordenado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes). “A espécie está ameaçada de extinção, e o objetivo da união entre os tamanduás é a reprodução e, consequentemente, a conservação”, explica a titular da pasta, Marjorie Kauffmann.

Porém, em um primeiro momento, Kiara e Gumercindo não terão contato próximo. Por ora, eles ficarão separados por uma tela, mas em recintos lado a lado, com o objetivo de promover a aproximação. A Sema deseja saber se animais irão aceitar morar juntos ou se vão se encontrar somente no momento da reprodução. A preocupação se deve muito pelo fato de que os tamanduás são animais de hábitos solitários.

A Sema relata que a união para acasalamento é uma prática comum entre zoológicos a fim de preservar espécies ameaçadas. Em 2021, o Zoológico de Sapucaia do Sul recebeu um macho de onça pintada, chamado Cheetos, também vindo de São Paulo. Aqui, ele conheceu a Mimosa. Hoje eles vivem em partes separadas do local, também pelos hábitos solitários.

A recepção à Kiara

Transporte aéreo evitou um deslocamento terrestre de mais de 1,2 mil quilômetros – Foto: Divulgação Latam

Kiara chegou ao RS na noite de segunda-feira (14), em um avião que aterrissou no Aeroporto Salgado Filho. Segundo a Sema, toda uma equipe foi mobilizada para garantir a segurança do animal.

Integravam a equipe os biólogos Eduardo da Silva e Vanessa Silva e os tratadores André Palau, Taís Bortolli e Geise Tavares. O trajeto durou pouco mais de 26 quilômetros do aeroporto até o Zoo.

A viagem que trouxe Kiara foi gratuita, pois ocorreu via programa Avião Solidário, da Latam. O transporte aéreo evitou um deslocamento terrestre de mais de 1,2 mil quilômetros entre as duas instituições. Conforme a empresa responsável pela parte aérea do trajeto, já são 51 os animais que viajaram gratuitamente no Brasil em 2023 pelo programa.