A vigilância ambiental está monitorando a febre amarela no Rio Grande do Sul com ajuda de moradores da área rural e de aplicativo.
A partir de visitas em residências localizadas em áreas rurais de municípios da região sudeste do Estado, considerada prioritária para o enfrentamento à febre amarela.
“Biólogos e veterinários estão empenhados em formar uma rede sentinela com os moradores para monitoramento da morte de macacos bugios, principalmente nos municípios com menores coberturas vacinais contra a doença”, disse o governo do Estado.
O plano de ação está sendo colocado em prática pelas equipes da Vigilância Ambiental do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. As atividades começaram pelo município de Amaral Ferrador, que apresenta apenas 17,54% de cobertura vacinal em uma população estimada em 7.085 habitantes.
“Nesta semana estamos fazendo trabalho de campo em Camaquã e na passada a nossa equipe esteve nas cidades de Chuvisca e Cristal, mas começamos por Amaral Ferrador, onde estivemos de 12 a 16 de julho e já temos um relatório consolidado”, informou o biólogo Edmilson dos Santos, do Cevs.
As ações são intensificadas nas áreas apontadas no plano e também pelos boletins epidemiológicos que registram a presença de óbitos em primatas não humanos.
Áreas afetadas
O Rio Grande do Sul apresenta 31 municípios considerados como áreas afetadas pela circulação do vírus. Também estão na mira da vigilância ambiental 91 municípios de uma área ampliada e limítrofe.
Os óbitos desses animais podem estar relacionados com a infecção do vírus da doença. Depois de picados por mosquitos silvestres contaminados, os primatas passam a ser sinalizadores da circulação do vírus.
A população, quando não imunizada, corre o risco de contaminação pelos mesmos mosquitos transmissores.