As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram, nesta quinta-feira (26), a assinatura de uma carta de intenção para produzir a vacina Comirnaty no Brasil a partir de 2022. O acordo envolve a Eurofarma e a produção, que pode chegar a 100 milhões de doses por ano, seria exclusiva para a América Latina.
A informação foi divulgada em nota das empresas para a produção local da vacina de mRNA contra a Covid-19. Pela proposta, a transferência de conhecimento e de instalação de equipamentos para o Brasil “começarão imediatamente”. A Eurofarma participará de uma rede global de produção, que envolve 20 instalações em quatro continentes, dentro da cadeia de fornecimento e rede de fabricação de vacina contra a Covid-19.
“Todos independentemente da condição financeira, etnia, religião ou geografia, merecem acesso às vacinas contra a Covid-19 que salvam vidas”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer. “Nossa nova colaboração com a Eurofarma expande nossa rede global de cadeia de suprimentos, nos ajudando a continuar fornecendo acesso justo e equitativo à nossa vacina. Continuaremos a explorar e buscar oportunidades como esta para ajudar a garantir que as vacinas estejam disponíveis para todos os que precisam”, concluiu.
“Em um momento tão difícil como este, poder compartilhar essa notícia nos enche de orgulho e esperança. A Eurofarma está prestes a completar 50 anos e a assinatura dessa colaboração na produção da vacina contra a COVID-19 representa mais um marco em nossa trajetória. Estamos disponibilizando nossos melhores recursos em capacidade industrial, tecnologia e qualidade para este projeto, para que possamos cumprir o contrato com excelência e contribuir com o abastecimento do mercado latino-americano”, disse Maurízio Billi, presidente da Eurofarma.
A notícia da Pfizer está sendo festejada pelo governo federal. “O Brasil é o país mais confiável da América Latina para a instalação de negócios de uma grande farmacêutica multinacional como a Pfizer”, afirmou à coluna o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “O país tem um dos maiores sistemas de saúde públicos do mundo e uma saúde suplementar com 48 milhões de beneficiários. Investe cerca de 10% de seu PIB em saúde”, afirmou o ministro.
A Pfizer se somará à Fiocruz e ao Instituto Butantan, que já produzem vacinas no país.