Três mulheres foram presas em um desdobramento da operação Sextorsion, que investiga a quadrilha que aplicava o “golpe dos nudes”. São investigados crimes de extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Conforme a Polícia Civil, uma das presas foi quem gravou os vídeos usados por criminosos para aplicar o golpe que fez vítimas em todo o País. Outras duas mulheres que atuavam para quadrilha foram detidas em Novo Hamburgo e Farroupilha. A investigação também identificou que as outras duas presas se passavam por mães da suposta vítima do crime de pedofilia.
As investigadas colocavam disfarces visando ao não reconhecimento por parte das autoridades. Foram cumpridas ordens judiciais, sendo 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária na cidades de Novo Hamburgo, Montenegro, Farroupilha e Caxias do Sul.
Após as prisões, será feito o confronto entre os vídeos repassados pelos criminosos e a fisionomia das suspeitas. A perícia irá avaliar se a imagem da presa condiz com a pessoa que aparece nos vídeos.
Como funcionava o “golpe dos nudes”
O crime consiste, inicialmente, com o envio às vítimas de solicitações de amizade pela rede social Facebook de mulheres jovens e atraentes para homens, geralmente de meia idade. Num segundo momento, via WhatsApp, compartilham fotos íntimas, que serão utilizadas na extorsão.
A vítima então passa a receber ligações dos supostos pais da menina e/ou de falsos policiais civis (agentes e delegados de polícia), que o acusam de pedofilia, sob a alegação de que as fotos são de uma criança ou adolescente.
Na extorsão os ditos “familiares” exigem valores para não denunciarem a vítima à polícia ou identificando-se como delegados e/ou agentes policiais, a exigência é para arquivar os supostos inquéritos.
A Polícia Civil destaca que nenhum policial civil liga ou manda mensagens para a exigência de qualquer tipo de valor, para negociar cumprimento de mandados ou deixar de cumprir mandados de prisão. Acontecendo esse tipo de situação, procure a delegacia mais próxima de sua residência para o registro do boletim de ocorrência.