No final de semana ocorrerá a terceira fase da pesquisa que busca estimar o número de pessoas que já contraíram o coronavírus no Rio Grande do Sul.
Nesta nova rodada, que se inicia no sábado (9) e vai até segunda-feira (11), a meta é aplicar testes rápidos e entrevistar 4,5 mil moradores em nove cidades das regiões demográficas do Estado.
Os testes serão realizados em Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana.
A pesquisa é encomendada pelo governo do Estado para a UFPe (Universidade Federal de Pelotas). Ela está mapeando os casos de coronavírus e acompanhando, quinzenalmente, a velocidade de disseminação do contágio entre os gaúchos.
“É o primeiro estudo a fazer esse levantamento global, incluindo pessoas sem sintomas, e observar a população das mesmas cidades ao longo do tempo”, comenta o coordenador-geral do estudo e reitor da UFPel, Pedro Hallal.
Evidências de etapas anteriores mostraram que os casos notificados da covid-19 representam uma parcela pequena das pessoas infectadas, em comparação com a realidade do número de casos na população. Para cada diagnóstico confirmado da doença no Rio Grande do Sul, o estudo estima que existem ao redor de 12 casos não notificados.
Além disso, a pesquisa indica queda da adesão às recomendações de distanciamento social. Dos 4,5 mil entrevistados, 28,3% disseram sair de casa todos os dias. Na primeira etapa, a proporção era de 20,6%. As cidades onde as pessoas mais saem às ruas diariamente foram Ijuí, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul.
Sorteio
Assim como nas fases anteriores, durante três dias entrevistadores da pesquisa visitarão 500 domicílios selecionados por sorteio em cada cidade e aplicar o teste rápido para anticorpos do coronavírus. No domicílio, novo sorteio determina o morador em quem o teste será aplicado.
Durante a visita, os profissionais coletam uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos.
Se o resultado for positivo, os profissionais entregam um informativo com orientações e repassam o contato do participante para acompanhamento e suporte da Secretaria da Saúde do município.
Em caso de dúvida, os participantes poderão entrar em contato com os órgãos de segurança do município para checar a abordagem à casa.
“A Brigada Militar e a Guarda Municipal das localidades estão apoiando o estudo e têm informações sobre os locais de visitação previstos na pesquisa”, ressaltou o governo.