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Taxa de ocupação de leitos de UTI supera os 87% no Rio Grande do Sul

É a maior demanda por leitos de terapia intensiva em 40 dias no Estado. Regiões do Interior gaúcho já sofrem esgotamento de leitos.

A situação da pandemia no Rio Grande do Sul segue se agravando após uma trégua entre abril e o início de maio. Nesta segunda-feira (31), a taxa de ocupação geral de leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) chegou a 87% da capacidade. Ocupação de leitos é a maior desde o dia 22 de abril, quando o Rio Grande do Sul vivia um momento de queda de casos de Covid-19.

No sábado, o percentual de leitos de UTI ocupados era de 85%. O crescimento da taxa de ocupação em sete dias é de 6,6%, com mais 118 pacientes internados.

Várias regiões do Estado, como as de Santo Ângelo, Vacaria e Cachoeira do Sul, já estão com esgotamento de leitos de alta complexidade. No entanto, com o crescimento de internações neste ritmo, o quadro deve se agravar ainda mais, com impossibilidade de transferência de pacientes para outras cidades com UTIs.

Conforme dados do Governo do Estado, divulgados às 10h02 no Painel Monitoramento Covid-19 – Internações em Hospitais, são 2.974 pacientes internados nas unidades de terapia intensiva adulto. Destes, 1.918 têm diagnóstico positivo para coronavírus, 131 são suspeitos e os outros 925 pacientes possuem doenças não relacionadas ao vírus Sars-Cov-2.

Este é o maior percentual desde abril, quando o Rio Grande do Sul viveu a terceira onda da pandemia. Para efeito de comparação, há 40 dias (22 de abril), eram 2.882 pacientes internados, sendo que 1.894 tinham diagnóstico positivo para Covid-19 e outros 153 eram suspeitos.

Doze regiões em alerta

Por causa do avanço do coronavírus, 12 regiões gaúchas receberam alertas do governo do Estado no sistema 3As de Monitoramento. Elas precisaram apresentar planos de ação. Dentre eles, implementar protocolos mais rígidos, ações de fiscalização e, assim, tentar reduzir o número de casos ativos.