O desafio “Tampinha Legal Amigo da Paralisia Cerebral”, que foi realizado pelo programa Tampinha Legal em parceria com a Nestlé Health Science em 2022, teve como objetivo adquirir cadeiras de rodas adaptadas.
Simara Souza, gerente do Instituto SustenPlást, explica que o processo é mais simples do que parece.
“Quando recolhemos tampas plásticas em nossa casa e as entregamos em um Ponto de Coleta Tampinha Legal que será recolhido por uma entidade assistencial, estamos ajudando a manter estas instituições. Assim que as tampas plásticas são entregues ao Tampinha Legal, os volumes são pesados e os valores correspondentes são destinados diretamente nas contas bancárias das entidades assistenciais”, ressaltou.
“As tampas plásticas retornam para a indústria para que novos artefatos sejam produzidos. Ou seja, as entidades assistenciais vendem tampas plásticas e com os recursos financeiros conseguem adquirir cadeiras de rodas e outros ítens necessários. Isso é a economia circular acontecendo na prática”, completou Simara.
O sucesso do desafio foi tão grande que a segunda edição já está acontecendo e se estenderá até novembro deste ano. Ao final, as cinco entidades assistenciais que mais se destacarem serão contempladas com um prêmio de R$2 mil reais, entregue pela Nestlé Health Science, para a aquisição de uma cadeira de rodas adaptada.
“Através deste desafio, que é algo relativamente simples, conseguimos aumentar a visibilidade sobre a paralisia cerebral, além de provarmos os inúmeros benefícios que existem na menor parte de uma embalagem: a tampa, que quando descartada corretamente surte um efeito gigante na sociedade”, explicou Simara.
Tampinha Legal
O Tampinha Legal, maior programa socioambiental de caráter educativo em economia circular da indústria de transformação do plástico da América Latina, realiza um trabalho de conscientização há mais de seis anos.
Durante este período já foram arrecadadas mais de 1.100 toneladas de tampas plásticas, que foram revertidas em mais de R$2.7 bilhões de reais, entregues integralmente para as entidades assistenciais participantes.
Segundo Simara, os recursos financeiros são utilizados para diversos fins, inclusive para a compra de cadeiras de rodas adaptadas. “Uma pequena mudança de comportamento acaba gerando resultados significativos para quem precisa”, salientou.
Um dos objetivos do programa, além da distribuição dos recursos para as entidades assistenciais, é a conscientização e a desmistificação a respeito do plástico, que é um material 100% reciclável.
“O plástico é um material nobre e ao voltar para a indústria se transforma em dinheiro novamente. Quando mudamos nosso comportamento e começamos a realizar o destino adequado das tampas plásticas, atendemos o tripé da sustentabilidade: econômica, social e ambiental. Qualquer tampa de plástico faz parte do programa, independentemente da cor e tamanho. Se é tampa e é de plástico, é Tampinha Legal”, destacou Simara.
Atualmente todos os recursos obtidos pelo Tampinha Legal são entregues integralmente para 321 entidades assistenciais participantes.
O Tampinha Legal conta com 3.204 pontos de coleta, distribuídos pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal e Bahia (confira aqui os pontos de coleta).