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No Dia Mundial da Saúde Ocular, Sorigs alerta sobre a importância da prevenção para evitar doenças graves

O alerta aponta a importância da prevenção e diagnóstico de doenças oculares que, se não tratadas, podem levar à perda da visão.

Dia 10 de julho é comemorado o Dia Mundial da Saúde Ocular, que tem a intenção de alertar para a importância da prevenção e diagnóstico de doenças oculares que, se não tratadas, podem levar à perda da visão.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que até 80% dos casos de cegueira são resultado de causas que poderiam ser tratadas se diagnosticadas por especialistas.

As principais causas, em adultos, são a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética.

Já entre as crianças, os maiores causadores da perda de visão são: infecções congênitas, catarata congênita, retinopatia da prematuridade e glaucoma congênito.

O presidente da Sorigs (Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul), Marcos Brunstein, alerta para a importância de exames serem realizados por médicos oftalmologistas.

“Infelizmente muitas pessoas acreditam que exames de acuidade visual, que são realizados comumente em medicina de trabalho ou em testes para carteira de habilitação, por exemplo, podem assegurar a saúde dos seus olhos. Mas esses testes simples não trazem nenhuma segurança de que a pessoa tenha saúde ocular. É recomendável a visita periódica ao oftalmologista para que sejam feitos exames mais precisos para verificar a saúde ocular”, ressaltou.

Números

Ainda de acordo com a OMS, cerca 39 milhões de pessoas em todo o mundo são acometidas pela cegueira e 246 milhões sofrem de perda moderada ou severa de visão.

No Brasil, esses números ultrapassam a casa de 1,5 milhões de pessoas cegas. O dado que mais chama atenção é que em 60% a 80% dos casos a cegueira é resultado de causas previsíveis, que poderiam ser tratadas.

No Rio Grande do Sul, são realizados, em média, 3 milhões de diagnósticos por ano, o que mostra relevantes avanços na assistência aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde com a saúde ocular.

No entanto, dados mostram que a pandemia afetou a realização de procedimentos necessários. Em 2019 foram realizadas 80 mil cirurgias de catarata, já em 2020 e 2021 cerca de 20 mil apenas. Uma queda de 75%.

“Temos que zelar pela saúde das pessoas. Muitas estão debilitadas por não ter feito o procedimento no momento adequado”, salientou Brunstein.