Explicações

Sobrecarga é apontada como causa de apagão nesta terça-feira

Disrupção durou cerca de 35 minutos no Rio Grande do Sul, mas chegou a seis horas em estados do Norte e Nordeste.

Crédito: reprodução / Canal GOV / TV Brasil

O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira concedeu entrevista coletiva após o apagão que atingiu 25 estados brasileiros e o Distrito Federal nesta terça-feira (15). A disrupção no abastecimento de energia elétrica durou menos cerca de 35 minutos no Rio Grande do Sul, mas chegou a seis horas em estados do Norte e Nordeste. Apenas Roraima não teve cortes de energia por não estar interligado ao SIN (Sistema Interligado Nacional).

A normalização das cargas da região Sul foi concluída às 9h05 e nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, às 9h33. O serviço foi totalmente restabelecido às 14h49 para todas as distribuidoras. As empresas que atuam na entrega para o consumidor final trabalham para normalização da rede, o que leva tempo.

Conforme Silveira, foi descartada a possibilidade de problemas com o suprimento de energia. Ou seja, não houve um problema de geração de energia e, sim, de distribuição. “Nós vivemos um momento de abundância dos nossos reservatórios”, afirmou o ministro.

“O que aconteceu hoje é extremamente raro que aconteça, porque nós temos um sistema redundante. Para acontecer um eventos dessa magnitude, nós temos que ter tido dois eventos concomitantes, em linhas de transmissão de alta capacidade. Ou seja, é extremamente raro que aconteça o que aconteceu no episódio de hoje”, argumentou o ministro de Minas e Energia.

Um desses eventos seria uma sobrecarga de “grande magnitude”, no estado do Ceará. Esse problema foi seguido de uma segunda falha, que ainda está sendo investigada. Silveira, no entanto, não explicou exatamente o que causou o apagão. Também não deu detalhes de qual seria essa segunda falha e onde ela teria acontecido.

“Foi um fato que causou a interrupção na Região Norte e Nordeste e, por uma contingência planejada do ONS, minimizou a carga das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, para que não houvesse a interrupção total dessas regiões”, disse o ministro.

Silveira também afirmou que vai pedir à Polícia Federal e à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) uma investigação sobre as falhas. O receio é que a falha tenha origem humana, após criminosos tentarem danificar redes de distribuição no início do ano.