O número de casos da variante Delta no Rio Grande do Sul subiu para oito, conforme dados divulgados pela SES (Secretaria Estadual da Saúde). Somente ontem (2), mais três casos foram confirmados após sequenciamento genômico.
Um deles, de um residente de Canoas, foi confirmado por sequenciamento genético completo pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro. Os outros dois casos são de pessoas que vieram do exterior atendidos em Santana do Livramento, contactantes dos casos já confirmados anteriormente no município.
Estes últimos são considerados casos importados (quando não contraíram o vírus no território) e a confirmação foi realizada pelo Cevs a partir de sequenciamento genético parcial e vínculo epidemiológico. O Estado soma oito casos desta linhagem até o momento.
Vigilância em Saúde tem mais 29 casos suspeitos
O número de pessoas contaminadas pela variante Delta no Rio Grande do Sul, no entanto, pode ser bem maior que os registros oficiais. O Estado já tem transmissão comunitária desta variante, que é muito mais transmissível que o vírus original da Covid-19.
Nesta terça-feira (3), o Cevs enviou para a Fiocruz mais 29 amostras de prováveis casos para confirmação por meio do sequenciamento genético completo. São amostras de residentes de 16 municípios gaúchos: São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Santana do Livramento, Passo Fundo, Alvorada, Gramado, Canoas, Montenegro, Caxias do Sul, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Viamão, Guaíba, Triunfo, Esteio e Capão da Canoa.
A Delta foi primeiramente identificada na Índia. A característica mais marcante dela, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade. Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que a Delta provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.