Após a confirmação da presença de vírus causador da febre amarela em áreas silvestres do Rio Grande do Sul, a SES (Secretaria Estadual da Saúde) reforça a importância da vacina contra a doença.
Na última segunda-feira (12), foi confirmada em amostras de um macaco bugio, encontrado morto em um bairro rural do extremo sul de Porto Alegre.
Em razão desta constatação e de outros casos suspeitos e confirmados em diferentes municípios gaúchos, a SES recomenda a vacinação contra a febre amarela na população gaúcha desde os nove meses até 59 anos.
Em fevereiro de 2021, o governo do Rio Grande do Sul divulgou o óbito de bugios na área de floresta da região serrana, divisa com Santa Catarina, e outros casos de primatas contaminados na Serra e no Norte do Estado.
Os bugios (e os macacos-prego) são considerados sentinelas da febre amarela e não representam riscos à população.
Esses animais servem como indicadores da presença do vírus no ambiente silvestre e adoecem depois que são picados pelo mosquito transmissor. Humanos não vacinados são contaminados somente ao serem picados por mosquitos infectados.
Em áreas silvestres, o transmissor é o mosquito Haemagogus e, em áreas urbanas, o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde 1942.
A SES também alerta que, em ambientes silvestres, a população deve sempre usar repelentes, observando as recomendações de cada fabricante em relação ao prazo de ação efetiva de cada produto.
Vacinação
- A imunização deve ser realizada pelas secretarias municipais de saúde. Pessoas que não têm comprovação vacinal deverão ser considerados não vacinados e devem se dirigir às Unidades Básicas de Saúde.
- Crianças devem tomar a primeira dose aos nove meses e um reforço aos quatro anos. A partir dos cinco anos, não vacinados recebem dose única.
- A recomendação de vacinação em dose única, de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações, vai dos cinco aos 59 anos.
- A vacinação de pessoas com mais de 60 anos de idade, gestantes e mulheres que estejam amamentando crianças menores de seis meses deve ocorrer em situações especiais (como emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, mediante a avaliação de risco/benefício, feita por um médico).
- Em mulheres que estejam amamentando, pode-se considerar a suspensão do aleitamento materno por 10 dias. Pessoas portadoras de comorbidades devem receber avaliação de risco/benefício prévia à vacinação.