Servidor do DEMHAB é investigado por falsa cobrança de parcelas de financiamentos imobiliários

O servidor investigado pela fraude está afastado das suas funções por causa de uma sindicância interna do Departamento. 

Uma operação da Polícia Civil investiga um servidor do DEMHAB (Departamento Municipal de Habitação) por suposta cobrança ilegal de parcelas de financiamentos imobiliários. As vítimas são os mutuários, ou seja, a pessoa que recebe o empréstimo no contrato e o Departamento de Habitação de Porto Alegre. O servidor está afastado das suas funções por causa de uma sindicância interna.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em endereços residenciais em Porto Alegre na manhã desta quinta-feira (28). As buscas, autorizadas pela Justiça, têm por objetivo a apreensão de documentos de interesse às investigações, com a identificação de todos os responsáveis e participantes do esquema.

As vítimas do golpe são pessoas humildes e que residem em conjuntos habitacionais populares comercializados pelo DEMHAB. Oito pessoas teriam sido alvo da fraude, desembolsando valores que variam de R$ 600 a R$ 7 mil. Para a polícia, o suspeito dizia aos mutuários que haviam dívidas relativas aos imóveis, que precisavam ser regularizadas. Por causa da cobranças que não existiam, a operação foi denominada “Falsa Palavra”.

Conforme o delegado Max Otto Ritter, da 1ª Delegacia de Combate a Corrupção, as denúncias apontam que o funcionário público cobraria parcelas de financiamentos imobiliários. Ele ainda ofereceria vantagens sem base legal, dizendo que iria providenciar a quitação de bens imóveis em nome do DEMHAB. Teriam sido utilizados documentos fraudados para enganar as vítimas.

Os crimes investigados são de peculato (subtração ou desvio de dinheiro público), concussão (obtenção de vantagem indevida por servidor público), falsidade ideológica (criação ou adulteração de documento para obter vantagem ou prejudicar terceiro), falsificação de documento público, entre outros.

O nome do investigado não foi tornado público pela Polícia Civil.