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Secretaria da Agricultura continua monitorando surto de gafanhotos no RS; espécies foram identificadas

Foi observado que a preferência de hospedagem das infestações está centrada nas áreas de mata nativa e vegetação espontânea.

A Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) publicou nesta quarta-feira (2) uma nota técnica que presta esclarecimentos sobre as ocorrências de gafanhotos no Rio Grande do Sul.

Conforme o documento, os surtos relatados nos municípios de Santo Augusto, São Valério do Sul e Bom Progresso estão sendo monitorados pelas equipes da Seapdr.

Segundo a Seapdr, as espécies de gafanhotos foram identificadas. “As espécies foram identificadas pela Dra. Kátia Matiotti, da PUCRS, como indivíduos adultos de Zoniopoda iheringi e ninfas de Chromacris speciosa, ambas da família Romaleidae, que não tem hábitos migratórios”, diz em nota.

“Sua ocorrência é esperada, devido ao clima seco e à baixa precipitação acumulada nas últimas safras de verão”, afirma.

Ambas as espécies estão sendo mantidas no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) para estudos.

Conforme a Seapdr, as espécies não correspondem à Schistocerca cancellata, “estando momentaneamente descartada a infestação por este gafanhoto migratório”.

Tratam-se de espécies endêmicas, de ocorrência natural e que normalmente não são pragas de importância agrícola.

Foi observado que a preferência de hospedagem das infestações está centrada nas áreas de mata nativa e vegetação espontânea. A prioridade dos levantamentos é constatar se há desequilíbrio nas populações naturais com possibilidade de danos às lavouras limítrofes aos focos.

“A Seapdr e o grupo gestor estão atuando para a delimitação das ocorrências. Estão sendo preparadas alternativas de emprego de soluções frente às infestações, caso se configure risco de dano econômico à produção agropecuária”, finaliza.