NOVEMBRO AZUL

RS tem altos índices de mortalidade masculina por doenças crônicas não transmissíveis

No RS, a taxa de mortalidade prematura de homens por doenças não transmissíveis é 42% maior do que a da população feminina

A SES (Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul) publicou, como parte do Novembro Azul, uma pesquisa com dados sobre a saúde do homem no Rio Grande do Sul. A Secretaria chama a atenção para os altos índices de mortalidade masculina por doenças crônicas não transmissíveis.

No RS, a taxa de mortalidade prematura de homens por doenças não transmissíveis (diabetes mellitus, neoplasias, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas) é 42% maior do que a da população feminina. Este grupo compreende pessoas entre entre 30 e 69 anos. Os dados são SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) do Ministério da Saúde.

Além disso, no Estado, somente 35% dos atendimentos em atenção primária são de homens, aponta a Secretaria.. “A população masculina busca menos os serviços de saúde, o que impacta os dados”, explica a especialista em saúde da Política Estadual de Saúde do Homem da SES, Talita Donatti.

Em números, em 2022, a pesquisa apontou, ainda, uma taxa estimada de 362,7 para cada 100 mil habitantes no Estado. Deste contingente, 427,8 eram homens e 300,5 mulheres.

O Novembro Azul 2023 é uma campanha de abrangência nacional. Ela tem como objetivo divulgar informações sobre a saúde do homem e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento do câncer.

Por região

Dados por macrorregião – Foto: SIM/MS

Entre as macrorregiões de Saúde do Estado, a Sul apresenta as maiores taxas de mortalidade. Isso vale tanto na população masculina (542,6 por 100 mil) quanto na feminina (392 por 100 mil).

No que diz respeito à maior diferença entre homens e mulheres, a SES percebeu este contraste de forma mais intensa na macrorregião dos Vales. Lá, a taxa de mortalidade dos homens é 54% maior. Em números, isso é estimado em 457,9 por 100 mil entre homens e 296,8 por 100 mil entre mulheres.