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RS tem 85% dos municípios infestados pelo Aedes aegypti; Febre de chikungunya passa de 500 casos

De zika vírus, foram notificados 172 casos suspeitos, 20 casos confirmados, sendo 14 casos autóctones no Estado.

A preocupação com a crescente presença das arboviroses (dengue, chikungunya, zica vírus e febre amarela) no Rio Grande do Sul reuniu integrantes do Centro de Operações de Emergência (COE – Arboviroses) nesta sexta-feira (18).

De acordo com a SES (Secretaria Estadual da Saúde), até agora, o Estado tem 85% dos municípios infestados pelo Aedes aegypti e dez óbitos por dengue.

Conforme o último Informativo Epidemiológico das Arboviroses, referente à Semana Epidemiológica 23 (dados até 12 de junho de 2021), os dez óbitos de dengue ocorreram nos municípios de Passo Fundo, com um caso, três em Erechim, cinco casos em Santa Cruz do Sul e um caso em Bom Retiro do Sul.

São 11.934 casos suspeitos de dengue, 7.715 casos confirmados, sendo 7.536 casos autóctones, 3.635 descartados e 438 ainda em investigação.

O Rio Grande do Sul notificou 566 casos de febre de chikungunya, 207 casos confirmados, sendo 184 casos autóctones nos municípios de Santa Vitória do Palmar, Bento Gonçalves, Espumoso, Cerro Largo, Pirapó e São Nicolau e Ijuí, 249 foram descartados e 110 continuam aguardando investigação.

De zika vírus, foram notificados 172 casos suspeitos, 20 casos confirmados, sendo 14 casos autóctones nos municípios de Santa Maria, São Nicolau, Santa Cruz do Sul e Bom Retiro do Sul, 99 foram descartados e 37 continuam aguardando investigação diagnóstica.

Febre amarela

O monitoramento da febre amarela, realizado desde 2020, notificou quatro casos suspeitos, dois descartados e dois estão em investigação diagnóstica.

O boletim assinala que os macacos bugios participam do ciclo silvestre do vírus da febre amarela no Rio Grande do Sul como sentinelas da doença.

A morte desses animais antecede a chegada dos casos em humanos, principalmente entre a população rural e de florestas. Os dados da vigilância no Rio Grande do Sul demonstram que, no período de monitoramento (julho de 2020 a 14 de junho de 2021), o CEVS recebeu a notificação de 333 macacos mortos.

Por isso a necessidade da intensificação da vacinação nas regiões prioritárias do Estado para enfrentamento à febre amarela. Segundo a SES, a baixa cobertura vacinal da febre amarela preocupa COE-Arboviroses

Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Tani Ranieri, que apresentou o panorama das arboviroses aos integrantes do COE, é necessário intensificar, pelos municípios, a vacinação contra a febre amarela em pessoas de 18 a 59 anos, nas regiões prioritárias sudoeste, centro-oeste e de fronteira com a Argentina.