Chega nesta terça-feira (14) ao Rio Grande do Sul o primeiro lote de vacinas contra a mpox, novo nome dado à doença antes conhecida como varíola dos macacos. Segundo a SES (Secretaria Estadual da Saúde), serão recebidas, ao todo, 1.388 doses e a aplicação irá ocorrer em duas etapas com intervalo de 30 dias.
Inicialmente, o público alvo são pessoas com HIV/Aids, grupos vulneráveis à pré e pós exposição ao vírus monkeypox. Do total de vacinas disponíveis, 1.360 serão usadas na aplicação da primeira e da segunda dose em 680 homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais a partir de 18 anos e que tenham contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
O restante de doses serão utilizadas em pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções de casos suspeitos, prováveis ou confirmados para monkeypox, cuja exposição foi classificada como de alto ou médio risco.
A data para início da aplicação do imunizante ainda será definida, diz a SES. As vacinas tem validade até 2025.
O Ministério da Saúde vai distribuir ainda cerca de 46 mil doses através do Programa Nacional de Imunizações. A liberação por parte da pasta ocorre de acordo com determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A mpox
Segundo o Ministério da Saúde, o mpox vírus é um Orthopoxvírus que causa doença semelhante à varíola, mas com gravidade menor. Por ter sido inicialmente identificada em colônias de macacos, ainda em meados do século XX, ela recebeu o nome de “varíola dos macacos”.
No entanto, o recente surto identificado ao redor do mundo não tem relação com o primata, mas sim com a transmissão entre pessoas. Devido a este fato, em 2022, a Organização Mundial da Saúde, abriu consulta pública para buscar um novo nome. Entre os objetivos da mudança, estava enfrentar o estigma e próprio racismo em torno da antiga nomenclatura.
Em muitos casos identificados nos últimos tempos, a mpox tem se apresentado através de uma lesão única na região genital ou oral, no local onde se deu o contato com o vírus. A lesão começa com uma bolha e depois se transforma em uma crosta. Além deste quadro, a pessoa pode apresentar cansaço, febre, íngua e dores no corpo.