O Rio Grande do Sul obteve uma conquista histórica para o setor da pecuária. Instrução normativa assinada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesta terça-feira (11), reconhece o estado como zona livre de vacinação contra a febre aftosa.
A mudança passa a vigorar em 1º de setembro. A instrução normativa deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12).
“Trata-se de uma mudança que vem sendo gestada e planejada há um bom tempo pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Vai gerar imenso impacto na economia gaúcha. Com a retirada da vacina, o estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis”, afirma o secretário da Agricultura, Covatti Filho. Ele observa que 2020 será o último ano com vacinação no estado.
A partir do reconhecimento pelo Ministério da Agricultura, a Seapdr (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) comunica a mudança para a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). A organização deve conceder a certificação da evolução do status sanitário, abrindo portas para mercados não acessados pelos criadores gaúchos.
Técnicos e especialistas apontam que a retirada da vacinação tem potencial de abrir mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China e Canadá. No setor de suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações na ordem de R$ 600 milhões anuais.
O documento também reconhece como área livre da febre aftosa os estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e do Mato Grosso.