LONGE DA META

RS tem 32% de cobertura vacinal contra gripe Influenza, aponta Vigilância em Saúde

A campanha ainda continua e vai até 31 maio. A meta é vacinar 90% do grupo prioritário

Com o Dia D de vacinação contra a gripe influenza, realizado no último sábado (6), o Rio Grande do Sul chegou à marca de 32% de cobertura vacinal em 2023. Na data especial dedicada a aplicação da vacina o Estado registrou a aplicação de mais de 227 mil doses do imunizante. Agora, ao todo, mais de 1,3 milhão de pessoas já se vacinaram contra a doença este ano.

Os dados foram divulgados nesta terça (9) pelo Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde). O órgão aguardava o prazo acordado com os municípios para que eles inserissem os números locais no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.

A campanha ainda continua e vai até 31 maio. A meta é vacinar 90% do grupo prioritário, formado por crianças, gestantes, puérperas, pessoas com 60 anos ou mais, povos indígenas, professores e trabalhadores da saúde. A estimativa é que esse grupo seja composto por 3,6 milhões de pessoas.

Para os demais públicos elegíveis (como as pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte, entre outros), que totalizam cerca de 1,4 milhão de pessoas, as doses serão disponibilizadas a partir de estimativas populacionais, porém, sem o estabelecimento da cobertura a ser atingida.

Influenza e vacina

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e possui alta transmissibilidade. Os sintomas podem ser confundidos com os da covid-19.

A vacina usada na campanha é composta por três tipos de cepas do vírus: A-H1N1, A-H3N2 e B. Para adultos, o esquema vacinal é de dose única anual. Em crianças abaixo de nove anos que estiverem fazendo a imunização para a gripe pela primeira vez são aplicadas duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. O imunizante pode ser aplicado junto com outras vacinas, inclusive a que é utilizada para combater o coronavírus.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de proteção contra a doença, prevenindo, inclusive as complicações e os óbitos. Além disso, contribui para a redução da circulação viral na população, especialmente em indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco”, explica a diretora do Cevs, Tani Ranieri.

Hospitalizações e óbitos em 2023

Até o momento foram 213 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave ocasionadas por complicações relacionadas à influenza. Desse número, 76 pessoas eram idosas (36%) e 36 eram menores de cinco anos (20%), duas das faixas etárias contempladas na campanha. Também foram registrados 16 óbitos por causa da doença, metade deles em pessoas com 60 anos ou mais. A presença de alguma comorbidade foi registrada em 14 dos casos que evoluíram para a morte do paciente.